Sentenças clivadas no português brasileiro
Este artigo visa investigar as propriedades formais das clivadas canônicas do português brasileiro (PB). Tais sentenças são designadas para focalizar constituintes através de movimento A-barra e da presença da cópula e do complementizador para garantir ênfase ao constituinte focalizado. O principal...
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Universidade Estadual de Campinas
2021-09-01
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doaj-a32c43403ff9456c8e9ff3c162ad11062021-10-09T14:01:35ZporUniversidade Estadual de CampinasCadernos de Estudos Lingüísticos2447-06862021-09-01630010.20396/cel.v63i00.8661297Sentenças clivadas no português brasileiroDamaris Matias Silveira0Universidade Federal de Santa Catarina Este artigo visa investigar as propriedades formais das clivadas canônicas do português brasileiro (PB). Tais sentenças são designadas para focalizar constituintes através de movimento A-barra e da presença da cópula e do complementizador para garantir ênfase ao constituinte focalizado. O principal aspecto formal das clivadas são as possibilidades de convergência do verbo ser com outros elementos da sentença em termos de concordância e tempo. O panorama padrão em PB seria a concordância da cópula com o foco e a harmonia temporal entre a mesma e o verbo temático. Por outro lado, o PB – mas não o português europeu (PE) – licencia clivadas que não apresentam tais convergências. Esse fenômeno levou alguns autores a defender que, nesse caso, a cópula está gramaticalizada como um item focalizador, já que estaria na forma invariável é. Forneceremos evidências para postularmos que não há gramaticalização envolvendo a cópula das clivadas do PB e proporemos que as clivadas canônicas possuem sempre uma cópula verbal, que projeta uma estrutura argumental IP, mesmo quando aparenta estar na forma invariável. O mesmo não é verificado nas clivadas é que, que apresentam o foco na posição inicial da sentença, que possuiriam cópula funcional. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8661297ClivadasCartografiaGramaticalizaçãoConcordância |
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Este artigo visa investigar as propriedades formais das clivadas canônicas do português brasileiro (PB). Tais sentenças são designadas para focalizar constituintes através de movimento A-barra e da presença da cópula e do complementizador para garantir ênfase ao constituinte focalizado. O principal aspecto formal das clivadas são as possibilidades de convergência do verbo ser com outros elementos da sentença em termos de concordância e tempo. O panorama padrão em PB seria a concordância da cópula com o foco e a harmonia temporal entre a mesma e o verbo temático. Por outro lado, o PB – mas não o português europeu (PE) – licencia clivadas que não apresentam tais convergências. Esse fenômeno levou alguns autores a defender que, nesse caso, a cópula está gramaticalizada como um item focalizador, já que estaria na forma invariável é. Forneceremos evidências para postularmos que não há gramaticalização envolvendo a cópula das clivadas do PB e proporemos que as clivadas canônicas possuem sempre uma cópula verbal, que projeta uma estrutura argumental IP, mesmo quando aparenta estar na forma invariável. O mesmo não é verificado nas clivadas é que, que apresentam o foco na posição inicial da sentença, que possuiriam cópula funcional.
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