Summary: | <p>O artigo trata do discurso de divulgação científica, partindo do questionamento sobre se seria uma tradução, uma reformulação ou uma transformação do discurso científico. Utilizando o modelo do contrato de comunicação da semiolinguística, postula-se que o discurso de divulgação científica depende das condições da situação de comunicação nas quais se insere. Ao aparecer na mídia, ele não seria uma tradução, mas uma construção dependente dos processos da encenação midiática. O discurso de midiatização da ciência (DCM) tende a ser explicativo (discurso didático) e a apresentar suas próprias estratégias de captação (discurso midiático). Após a apresentação das características do contrato de midiatização da ciência, postula-se que o DCM produz uma ruptura em relação ao discurso científico. Esse discurso submete-se a quatro tipos de restrições discursivas: visibilidade, legibilidade, seriedade e emocionalidade, as quais orientam sobre modos de organização do discurso, composição textual e paratextual, seleção e organização temática.</p><p><strong> Palavras-chave:</strong> divulgação da ciência, mídia, discurso, contrato, restrições discursivas.</p>
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