Vivência e escuta sensível: o Terreiro como possibilidade de escuta da infância afrodescendente
Este ensaio acadêmico sobre a infância de terreiro está redigido segundo uma leitura de mundo do candomblé. Há muitas leituras de mundo. Nossas experiências de vida colocaram-nos diante de, pelo menos duas delas: a leitura religiosa como a do candomblé e a leitura laica da pedagogia. No desenrolar...
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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
2020-12-01
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Online Access: | https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/7141 |
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doaj-a50fb6b362c442af9ac55068109cbc5d2021-07-27T18:33:48ZengUniversidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)Revista Odeere2525-47152020-12-0151010.22481/odeere.v5i10.71412930Vivência e escuta sensível: o Terreiro como possibilidade de escuta da infância afrodescendenteJaqueline de Fatima Ribeiro0Eduardo Quintana1Professora do Ensino FundamentalUniversidade Federal Fluminense Este ensaio acadêmico sobre a infância de terreiro está redigido segundo uma leitura de mundo do candomblé. Há muitas leituras de mundo. Nossas experiências de vida colocaram-nos diante de, pelo menos duas delas: a leitura religiosa como a do candomblé e a leitura laica da pedagogia. No desenrolar dessas experiências observamos no cotidiano de nossas salas de aula - nos cursos de formação de professores e no cotidiano da Educação Infantil (profissionais da educação) - um grande desconhecimento sobre a população de terreiro, em especial sobre suas crianças. O texto aborda o conceito de infância afrodescendente, com base em pesquisas realizadas nos últimos dez anos pelo Grupo de Estudos e Pesquisa Educação, Diversidade e Religião em comunidades religiosas tradicionais situadas no estado do Rio de Janeiro e no estado da Bahia, cujo objetivo é identificar, levar em consideração, compreender de forma pluridisciplinar formas de apropriação, expropriação do legado ancestral africano e afro-brasileiro. No texto trabalhamos com a escuta sensível, inspirado na abordagem italiana segundo a experiência de Reggio Emillia, e com o conceito de vivência de Lev Semenovitch Vigotsky, onde o conceito de vivência como é apreendido como caminho possível para uma educação libertadora, onde a tomada de consciência pela criança possibilita que ela entenda que é autora do próprio mundo. Uma realidade onde a escola valorize e dê visibilidade a infância afrodescendente pertencente as comunidades religiosas tradicionais. https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/7141Infância afrodescendenteEscuta sensívelVivênciasLegado ancestral |
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Este ensaio acadêmico sobre a infância de terreiro está redigido segundo uma leitura de mundo do candomblé. Há muitas leituras de mundo. Nossas experiências de vida colocaram-nos diante de, pelo menos duas delas: a leitura religiosa como a do candomblé e a leitura laica da pedagogia. No desenrolar dessas experiências observamos no cotidiano de nossas salas de aula - nos cursos de formação de professores e no cotidiano da Educação Infantil (profissionais da educação) - um grande desconhecimento sobre a população de terreiro, em especial sobre suas crianças. O texto aborda o conceito de infância afrodescendente, com base em pesquisas realizadas nos últimos dez anos pelo Grupo de Estudos e Pesquisa Educação, Diversidade e Religião em comunidades religiosas tradicionais situadas no estado do Rio de Janeiro e no estado da Bahia, cujo objetivo é identificar, levar em consideração, compreender de forma pluridisciplinar formas de apropriação, expropriação do legado ancestral africano e afro-brasileiro. No texto trabalhamos com a escuta sensível, inspirado na abordagem italiana segundo a experiência de Reggio Emillia, e com o conceito de vivência de Lev Semenovitch Vigotsky, onde o conceito de vivência como é apreendido como caminho possível para uma educação libertadora, onde a tomada de consciência pela criança possibilita que ela entenda que é autora do próprio mundo. Uma realidade onde a escola valorize e dê visibilidade a infância afrodescendente pertencente as comunidades religiosas tradicionais.
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