ESTUDO DA PERCEPÇÃO ESPACIAL EM REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS REALIZADAS POR AGENTES DE SAÚDE DE OURO PRETO, MG
A coleta de dados espaciais está sempre presente em trabalhos acadêmicos e profissionais, realizados por equipes conhecedoras de sua realidade, mas nem sempre alfabetizada cartograficamente. No caso da geografia da saúde este material pode ser coletado pelos agentes comunitários de saúde (ACS). O es...
Main Authors: | , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal de Uberlândia
2011-02-01
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Series: | Revista Brasileira de Cartografia |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/43687 |
Summary: | A coleta de dados espaciais está sempre presente em trabalhos acadêmicos e profissionais, realizados por equipes conhecedoras de sua realidade, mas nem sempre alfabetizada cartograficamente. No caso da geografia da saúde este material pode ser coletado pelos agentes comunitários de saúde (ACS). O estudo de distribuição de ocorrências de saúde em Ouro Preto, Minas Gerais, partiu da coleta de dados em campo com a utilização de GPS de navegação, mas diante da dificuldade em associar a base de dados capturada por GPS com a base cartográfica de referência existente, foi realizado processo de ajuste de informações através de colaboração dos ACS de Ouro Preto, que tiveram como tarefa realizar croquis para localização de números cívicos (números de porta) por trecho de rua, uma vez que são conhecedores de suas áreas de atuação e conseguiriam ajudar na construção de referências para ajustar os dados de GPS e a organização do Sistema de Informações Geográficas. A hipótese do trabalho era que os ACS teriam dificuldade de apresentar material cartográfico em visão zenital, no modo de representação de visão cartográfica, mas em croquis de cadastro. O trabalho de alguns agentes demonstrou a dificuldade do tratamento dos dados com escala adequada. Alguns trabalhos seguiram à risca a estrutura das vias e outros não demonstraram habilidade de representar sua percepção, colocando apenas uma tabela dos dados da rua com o respectivo lado das casas. As representações dos ACS mostraram a diversidade de informações que podem ser construídas do ponto de vista da percepção, assim como suas dificuldades levantaram a problemática da percepção espacial urbana, da estruturação sinuosa, fruto do relevo acidentado que é a cidade de Ouro Preto. A contribuição do trabalho está em aproximar a cartografia do leigo, ao mesmo tempo em que torna a percepção do leigo uma fonte de informação para os especialistas, que podem atuar na decodificação de mapas mentais representantes de uma paisagem complexa. |
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ISSN: | 0560-4613 1808-0936 |