José Joaquim da Rocha e a experiência do constitucionalismo na historiografia da Independência do Brasil no século XIX

Neste artigo, examinamos algumas obras produzidas ao longo do século XIX sobre a Independência do Brasil. Disputas relativas a distintos projetos nacionais e formas de escrever a história atravessavam essas narrativas. Concorriam, entre outras, duas versões principais do "evento" Independ...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Luana Melo e Silva
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) 2018-03-01
Series:História da Historiografia
Subjects:
Online Access:https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1203
Description
Summary:Neste artigo, examinamos algumas obras produzidas ao longo do século XIX sobre a Independência do Brasil. Disputas relativas a distintos projetos nacionais e formas de escrever a história atravessavam essas narrativas. Concorriam, entre outras, duas versões principais do "evento" Independência: a de um processo conduzido pelo Estado corporificado pela monarquia bragantina e a de uma nação que emergira do “patriotismo” e do envolvimento direto da sociedade civil no processo. Acompanhamos nas obras de José da Silva Lisboa, Francisco Adolfo de Varnhagen, Alexandre José de Mello Morais e autores ligados ao Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) o cotidiano, os eventos principais e personagens como José Joaquim da Rocha, laureado em certas narrativas como “o primeiro motor da independência”. Acreditamos que a versão apresentada pela historiografia que viria a se tornar hegemônica, a de um processo conduzido pela dinastia bragantina, suprimiu a ação da sociedade civil, parte importante da experiência constitucional e de uma tradição historiográfica que resistiu a essa versão preponderante.
ISSN:1983-9928