Desafiando la bipolaridad: la independencia diplomática del gobierno democratacristiano en Chile y su acercamiento con el “mundo socialista” (1964-1970) = Desafiando a bipolaridade: a independência diplomática do governo Cristão Democrata e sua reaproximação com o “mundo socialista” = Defying bipolarity: the diplomatic independence of the Christian Democratic Government in Chile and its rapprochement with the “Socialist World” (1964-1970)

A última década testemunhou uma renovação historiográfica com o objetivo de enfatizar o papel dos países Latino Americanos durante a guerra fria. Seguindo esta tendência, este artigo argumenta que longe de ser um ator passivo, o governo Cristão Democrata de Eduardo Frei (1964-1970) conduziu uma polí...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pedemonte, Rafael
Format: Article
Language:Spanish
Published: Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS) 2018-01-01
Series:Estudos Ibero Americanos
Subjects:
Online Access:http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/26857/16678
Description
Summary:A última década testemunhou uma renovação historiográfica com o objetivo de enfatizar o papel dos países Latino Americanos durante a guerra fria. Seguindo esta tendência, este artigo argumenta que longe de ser um ator passivo, o governo Cristão Democrata de Eduardo Frei (1964-1970) conduziu uma política externa independente, desafiando a estrita lealdade aos interesses Americanos, construindo novas pontes com o campo socialista. Desde cedo, a administração de Frei, encorajada pelo Ministro de Relações Exteriores Gabriel Valdés, decidiu estabelecer relações diplomáticas com a URRS, e, imediatamente após isto, com outros cinco países do leste Europeu, iniciando conexões políticas, econômicas e culturais com o bloco soviético. Além disso, desde 1968, esta nova abordagem facilitou a aproximação comercial com a China de Mao, e a Revolução Cubana, com a qual Santiago assinou um acordo agrícola, encerrando a política de isolamento contra Cuba praticada pela OAS. A atitude da diplomacia chilena deu início à fortes controvérsias dentro do contexto Latino Americano e resultou no reconhecimento de Fidel Castro, que por sua vez havia atacado a “revolução em liberdade” de Eduardo Frei. Todos estes elementos contribuem para que possamos constatar que, em uma larga medida, a política externa de Salvador Allende, desde 1970, tem raízes na abertura internacional praticada anteriormente
ISSN:1980-864X