Avaliação da percepção da imagem corporal em adolescentes de uma escola pública estadual no município de Fortaleza-Ceará

A imagem corporal pode ser considerada como a ilustração própria que o indivíduo faz de seu corpo, sendo constituída em nossos pensamentos e mente. Segundo Paul Shilder, trata-se não apenas de uma construção cognitiva, mas também é a expressão de desejos, emoções e relações com os demais, sendo assi...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Maria Rayane Matos de Sousa, Paula Alves Salmito Rodrigues, Ianara Pereira Rodrigues, Andreson Charles de Freitas
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício 2020-11-01
Series:Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento
Subjects:
Online Access:http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1319
Description
Summary:A imagem corporal pode ser considerada como a ilustração própria que o indivíduo faz de seu corpo, sendo constituída em nossos pensamentos e mente. Segundo Paul Shilder, trata-se não apenas de uma construção cognitiva, mas também é a expressão de desejos, emoções e relações com os demais, sendo assim, a estrutura corporal está em constante autoconstrução, diferenciação e inclusão.  O objetivo foi avaliar a associação entre a percepção da imagem corporal e o estado nutricional de adolescentes de uma escola pública do município de Fortaleza-CE. A amostra foi constituída por 62 alunos (14-19 anos) do ensino médio. A percepção da imagem corporal foi autoavaliada pelo indivíduo através de figuras de silhuetas (questionário) e comparadas com a classificação do índice de massa corporal (IMC) por idade. Apesar da maioria dos adolescentes apresentar estado nutricional eutrófico, verificou-se uma elevada insatisfação com a imagem corporal, que foi maior nos meninos, onde 64,3% deles apresentaram desejo por aumentar o tamanho da silhueta corporal; enquanto 58,8% das meninas desejavam diminuir. Associando a percepção da imagem corporal com o IMC, observou- se que o estado nutricional foi superestimado essencialmente nas moças, enquanto os rapazes expressaram maior subestimação do peso corporal. Em ambos os sexos foram identificadas alterações da percepção corporal e alta prevalência de insatisfação corporal, sendo mais significativa nos rapazes. Modificações da percepção corporal potencializam o risco para transtornos alimentares. Ressalta- se a necessidade de se implementar no ambiente escolar ações que promovam mudanças nos conceitos de educação nutricional e imagem corporal.
ISSN:1981-9919