Escala de Pensamento Existencial: análise Rasch da versão Portuguesa
As preocupações com as questões fundamentais da existência (e.g., o sentido da vida, o que acontece após a morte) constituem uma experiência humana universal, ao ponto da maior parte das pessoas possuírem crenças formadas acerca das questões existenciais. Para além disso, a valorização transcultura...
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Universidad de A Coruña
2015-11-01
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Series: | Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación |
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doaj-acd9cee6951f458f9f2d3dc8b283c0112021-07-02T08:54:23ZengUniversidad de A CoruñaRevista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación2386-74182015-11-011010.17979/reipe.2015.0.10.336Escala de Pensamento Existencial: análise Rasch da versão PortuguesaJosé Pacheco Miguel0José Tomás da Silva1Teresa Sousa Machado2Universidade de CoimbraUniversidade de CoimbraUniversidade de CoimbraAs preocupações com as questões fundamentais da existência (e.g., o sentido da vida, o que acontece após a morte) constituem uma experiência humana universal, ao ponto da maior parte das pessoas possuírem crenças formadas acerca das questões existenciais. Para além disso, a valorização transcultural da capacidade para considerar as questões existenciais e a procura de sentido para a própria existência são dimensões importante para o funcionamento humano ideal. No entanto, uma vez que as pessoas possuem capacidades distintas de exploração e compreensão das questões existenciais, diferindo consideravelmente no modo como contemplam estas questões nucleares, a psicologia necessita de instrumentos que permitam medir o pensamento existencial e avaliar os efeitos e correlatos deste construto. Allan e Shearer definem este tipo de pensamento como a tendência para se envolver em preocupações fundamentais da existência e a capacidade do sujeito para realizar um processo de atribuição de sentido que o situe relativamente a estas questões existenciais. Com base neste modelo, os autores desenvolveram uma medida de auto-relato, a Scale for Existential Thinking (SET), cujo estudo psicométrico (dimensionalidade e fidelidade) resultou em evidência confirmatória de um modelo unifactorial, recorrendo a uma amostra de alunos universitários. Apresentamos neste trabalho os primeiros dados relativos às propriedades psicométricas (dimensionalidade e fidelidade) da versão Portuguesa da Scale for Existential Thinking (SET-P), numa amostra de jovens adultos universitários. Tendo em consideração a unidimensionalidade da escala, pressuposto do modelo de Rasch, realizou-se uma análise detalhada das propriedades psicométricas da SET-P ao nível dos seus itens, mas no âmbito da Teoria de Resposta ao Item (TRI), uma vez que associa a probabilidade de resposta do sujeito ao seu nível de construto latente (e.g., pensamento existencial) que o instrumento de avaliação psicológica se propõe medir. Este estudo procura demostrar a qualidade psicométrica da versão Portuguesa da SET através do Rasch Rating scale model (RSM), em termos de dimensionalidade, calibração dos itens, análise do funcionamento diferencial dos itens (DIF) e da adequabilidade da escala de resposta. Avaliam-se também as relações entre o pensamento existencial, o afecto, a auto-estima e a perspectiva temporal de futuro, recorrendo às versões portuguesas da Positive and Negative Affect Schedule, da Rosenberg Self-esteem Scale e da Future Time Perspective Scale, respectivamente. São discutidas as implicações destas relações para o desenvolvimento adaptativo dos jovens, bem como as principais limitações do estudo, propondo-se futuras linhas de investigação.https://revistas.udc.es/index.php/reipe/article/view/336pensamento existencialdimensionalidadeRaschrating scale modelDIF |
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As preocupações com as questões fundamentais da existência (e.g., o sentido da vida, o que acontece após a morte) constituem uma experiência humana universal, ao ponto da maior parte das pessoas possuírem crenças formadas acerca das questões existenciais. Para além disso, a valorização transcultural da capacidade para considerar as questões existenciais e a procura de sentido para a própria existência são dimensões importante para o funcionamento humano ideal. No entanto, uma vez que as pessoas possuem capacidades distintas de exploração e compreensão das questões existenciais, diferindo consideravelmente no modo como contemplam estas questões nucleares, a psicologia necessita de instrumentos que permitam medir o pensamento existencial e avaliar os efeitos e correlatos deste construto. Allan e Shearer definem este tipo de pensamento como a tendência para se envolver em preocupações fundamentais da existência e a capacidade do sujeito para realizar um processo de atribuição de sentido que o situe relativamente a estas questões existenciais. Com base neste modelo, os autores desenvolveram uma medida de auto-relato, a Scale for Existential Thinking (SET), cujo estudo psicométrico (dimensionalidade e fidelidade) resultou em evidência confirmatória de um modelo unifactorial, recorrendo a uma amostra de alunos universitários. Apresentamos neste trabalho os primeiros dados relativos às propriedades psicométricas (dimensionalidade e fidelidade) da versão Portuguesa da Scale for Existential Thinking (SET-P), numa amostra de jovens adultos universitários. Tendo em consideração a unidimensionalidade da escala, pressuposto do modelo de Rasch, realizou-se uma análise detalhada das propriedades psicométricas da SET-P ao nível dos seus itens, mas no âmbito da Teoria de Resposta ao Item (TRI), uma vez que associa a probabilidade de resposta do sujeito ao seu nível de construto latente (e.g., pensamento existencial) que o instrumento de avaliação psicológica se propõe medir. Este estudo procura demostrar a qualidade psicométrica da versão Portuguesa da SET através do Rasch Rating scale model (RSM), em termos de dimensionalidade, calibração dos itens, análise do funcionamento diferencial dos itens (DIF) e da adequabilidade da escala de resposta. Avaliam-se também as relações entre o pensamento existencial, o afecto, a auto-estima e a perspectiva temporal de futuro, recorrendo às versões portuguesas da Positive and Negative Affect Schedule, da Rosenberg Self-esteem Scale e da Future Time Perspective Scale, respectivamente. São discutidas as implicações destas relações para o desenvolvimento adaptativo dos jovens, bem como as principais limitações do estudo, propondo-se futuras linhas de investigação. |
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