Ciência, técnica e cultura: relações entre risco e práticas de saúde
Este artigo tem como objetivo discutir conseqüências culturais dos discursos e práticas voltados à capacitação dos sujeitos para a escolha racional e informada de riscos, calculados com base no conhecimento científico. O conceito de risco epidemiológico é um dos elementos centrais deste processo, es...
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doaj-afeb25ca22074b68a98c0fb6f0a389092020-11-24T23:46:16ZengEscola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo CruzCadernos de Saúde Pública0102-311X1678-44642004-01-01202447455Ciência, técnica e cultura: relações entre risco e práticas de saúdeCzeresnia DinaEste artigo tem como objetivo discutir conseqüências culturais dos discursos e práticas voltados à capacitação dos sujeitos para a escolha racional e informada de riscos, calculados com base no conhecimento científico. O conceito de risco epidemiológico é um dos elementos centrais deste processo, especialmente no contexto das práticas de saúde. Inicialmente é apresentada uma breve caracterização do conceito de risco epidemiológico, ressaltando que, como modelo abstrato, reduz a complexidade dos fenômenos que estuda. A apreensão da realidade mediante essa abstração gera valores e significados. A reflexão de Canguilhem sobre as relações entre ciência, técnica e vida é retomada com a perspectiva de aprofundar a compreensão das conseqüências culturais produzidas, que contribuem para a transformação das concepções clássicas de individualidade, autonomia e sociabilidade. Temas vitais cruciais, como individualidade, alteridade, relação com a morte, estão presentes (ocultos) nas questões que envolvem a nuclearidade do risco no mundo atual.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2004000200012RiscoCulturaPrática de Saúde Pública |
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Este artigo tem como objetivo discutir conseqüências culturais dos discursos e práticas voltados à capacitação dos sujeitos para a escolha racional e informada de riscos, calculados com base no conhecimento científico. O conceito de risco epidemiológico é um dos elementos centrais deste processo, especialmente no contexto das práticas de saúde. Inicialmente é apresentada uma breve caracterização do conceito de risco epidemiológico, ressaltando que, como modelo abstrato, reduz a complexidade dos fenômenos que estuda. A apreensão da realidade mediante essa abstração gera valores e significados. A reflexão de Canguilhem sobre as relações entre ciência, técnica e vida é retomada com a perspectiva de aprofundar a compreensão das conseqüências culturais produzidas, que contribuem para a transformação das concepções clássicas de individualidade, autonomia e sociabilidade. Temas vitais cruciais, como individualidade, alteridade, relação com a morte, estão presentes (ocultos) nas questões que envolvem a nuclearidade do risco no mundo atual. |
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