A PROPÓSITO DA HIDROVIA ARAGUAIA-RIO DAS MORTES-TOCANTINS

Até um passado recente, sempre se considerava o Araguaia como via  da redenção econômica de Goiás e Tocantins. Isolado do litoral, o território goiano-tocantinense buscava uma saída para o mar por água – Belém, no norte do país era o porto mais próximo e mais viável –, por isto a hidrovia seria o ca...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Antônio Teixeira Neto
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Centro Universitário de Anápolis 2013-09-01
Series:Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science
Online Access:http://revistas.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/404
Description
Summary:Até um passado recente, sempre se considerava o Araguaia como via  da redenção econômica de Goiás e Tocantins. Isolado do litoral, o território goiano-tocantinense buscava uma saída para o mar por água – Belém, no norte do país era o porto mais próximo e mais viável –, por isto a hidrovia seria o caminho mais curto e, economicamente, o mais viável. Infelizmente, fracassaram os projetos e as tentativas práticas de se fazer do grande rio uma via navegável e o caminho da riqueza econômica dos goaino-tocantinenses. Volta e meia esse assunto vem à tona nos meios empresariais, políticos e administrativos. Mas, sem muito refletir sobre o assunto, imaginam que, sem muito esforço, épossível implantar hidrovias num fechar e abrir de olhos, sem atentar para os problemas que disso decorre principalmente os de natureza social e ambiental. Mesmo diante da existência de estudos mostrando a inviabilidade do grande projeto – agora rebatizado de Hidrovia Araguaia-Tocantins-Rio das Mortes e ressuscitado pelo Senado Federal –, os nossos políticos insistem nesta obra, que pode morrer no nascedouro, e as razões são principalmente de ordem técnica e, não menos importante, sociais e ambientais, como mostraremos a seguir.
ISSN:2238-8869