Angioplastia primária em Portugal entre 2002‐2013. Atividade segundo o Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção

Resumo: Introdução e objetivos: Foi nosso objetivo reportar a evolução da angioplastia coronária no tratamento do enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (EAMCST), entre 2002‐2013. Métodos: Os dados prospetivos multicêntricos do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenç...

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Main Authors: Hélder Pereira, Rui Campante Teles, Marco Costa, Pedro Canas da Silva, Vasco da Gama Ribeiro, Vítor Brandão, Dinis Martins, Fernando Matias, Francisco Pereira‐Machado, José Baptista, Pedro Farto e Abreu, Ricardo Santos, António Drummond, Henrique Cyrne de Carvalho, João Calisto, João Carlos Silva, João Luís Pipa, Jorge Marques, Paulino Sousa, Renato Fernandes, Rui Cruz Ferreira, Sousa Ramos, Eduardo Oliveira, Manuel Almeida
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2016-07-01
Series:Revista Portuguesa de Cardiologia
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0870255116000937
Description
Summary:Resumo: Introdução e objetivos: Foi nosso objetivo reportar a evolução da angioplastia coronária no tratamento do enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (EAMCST), entre 2002‐2013. Métodos: Os dados prospetivos multicêntricos do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI) e os dados oficiais da Direção Geral de Saúde (DGS) foram conjugados para estudar os procedimentos no EAMCST entre 2002 e 2013. Resultados: Em 2013 realizaram‐se 3524 angioplastias primárias (ICP‐P), representando um crescimento de 315% relativamente ao ano de 2002. Em 2002 a ICP‐P representava 16% do total de angioplastias coronárias, passando a representar 25% nos anos de 2012‐2013. Entre 2002‐2013 o número de procedimentos por milhão de habitantes aumentou de 106 para 338 e a angioplastia de recurso decresceu de 70,7 para 2%. Durante o período em análise, a utilização de stents eluidores de fármaco cresceu de 9,9 para 69,5%. Após 2008, observou‐se uma utilização crescente da trombectomia de aspiração, atingindo 46,7% em 2013. Os inibidores das glicoproteínas IIb/IIIa registaram um decréscimo no seu uso, sendo de 73,2% em 2002 e de 23,6% em 2013. O acesso radial cresceu de 8,3% em 2008 até 54,6% em 2013. Conclusões: Durante o período em análise, a taxa de angioplastia coronária por milhão de habitantes triplicou. A angioplastia de recurso foi ultrapassada pela angioplastia primária a partir de 2006. Observaram‐se novas tendências no tratamento do enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, salientando‐se a utilização de stents eluidores de fármacos e o acesso radial. Abstract: Introduction and Objectives: The aim of the present paper was to report trends in coronary angioplasty for the treatment of ST‐elevation myocardial infarction (STEMI) in Portugal. Methods: Prospective multicenter data from the Portuguese National Registry of Interventional Cardiology (RNCI) and official data from the Directorate‐General for Health (DGS) were studied to analyze percutaneous coronary intervention (PCI) procedures for STEMI from 2002 to 2013. Results: In 2013, 3524 primary percutaneous coronary intervention (p‐PCI) procedures were performed (25% of all procedures), an increase of 315% in comparison to 2002 (16% of all interventions). Between 2002 and 2013 the rate increased from 106 to 338 p‐PCIs per million population per year. Rescue angioplasty decreased from 70.7% in 2002 to 2% in 2013. During this period, the use of drug‐eluting stents grew from 9.9% to 69.5%. After 2008, the use of aspiration thrombectomy increased, reaching 46.7% in 2013. Glycoprotein IIb‐IIIa inhibitor use decreased from 73.2% in 2002 to 23.6% in the last year of the study. Use of a radial approach increased steadily from 8.3% in 2008 to 54.6% in 2013. Conclusion: During the reporting period there was a three‐fold increase in primary angioplasty rates per million population. Rescue angioplasty has been overtaken by p‐PCI as the predominant procedure since 2006. New trends in the treatment of STEMI were observed, notably the use of drug‐eluting stents and radial access as the predominant approach. Palavras‐chave: Registo, Cardiologia de intervenção, Enfarte do miocárdio, Coronariografia, Angioplastia primária, Stent, Keywords: Registry, Interventional cardiology, Myocardial infarction, Coronary angiography, Primary angioplasty, Stent
ISSN:0870-2551