O trauma da ficção ou a ficção do trauma: uma leitura de K. Relato de uma busca, de Bernardo Kucinski
O ato de narrar o trauma passa pela tentativa de verter em palavras a violência absoluta, capaz de desumanizar, de reduzir a dignidade humana. Ao longo da história da humanidade, inúmeros foram os sistemas de governo que atingiram um estado de exceção e passaram a tratar seus próprios cidadãos como...
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Universidade Federal de Santa Maria
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doaj-b5a097dd777a4bd4872a4f89061cb8722020-11-24T22:27:35ZdeuUniversidade Federal de Santa MariaLiteratura e Autoritarismo1679-849X1679-849X2017-01-0101810.5902/1679849X2556712456O trauma da ficção ou a ficção do trauma: uma leitura de K. Relato de uma busca, de Bernardo KucinskiRaphaella LiraO ato de narrar o trauma passa pela tentativa de verter em palavras a violência absoluta, capaz de desumanizar, de reduzir a dignidade humana. Ao longo da história da humanidade, inúmeros foram os sistemas de governo que atingiram um estado de exceção e passaram a tratar seus próprios cidadãos como inimigos. A ditadura militar brasileira foi um deles. Em K. Relato de uma busca, a estrutura fragmentada chama a atenção por lidar com um período tenso da História do país. A partir do desaparecimento real de sua irmã, Ana Rosa Kucinski, o autor engendra uma teia de possibilidades ficcionais para algo que ficou em suspenso. Fruto de um luto sem corpo, K. Relato de uma busca serve como mote para que se reflita sobre a natureza de um texto que, por mais que não seja claramente um testemunho, é o relato de um sobrevivente.https://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/25567 |
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O ato de narrar o trauma passa pela tentativa de verter em palavras a violência absoluta, capaz de desumanizar, de reduzir a dignidade humana. Ao longo da história da humanidade, inúmeros foram os sistemas de governo que atingiram um estado de exceção e passaram a tratar seus próprios cidadãos como inimigos. A ditadura militar brasileira foi um deles. Em K. Relato de uma busca, a estrutura fragmentada chama a atenção por lidar com um período tenso da História do país. A partir do desaparecimento real de sua irmã, Ana Rosa Kucinski, o autor engendra uma teia de possibilidades ficcionais para algo que ficou em suspenso. Fruto de um luto sem corpo, K. Relato de uma busca serve como mote para que se reflita sobre a natureza de um texto que, por mais que não seja claramente um testemunho, é o relato de um sobrevivente. |
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