Haveria uma antropologia infantil na modernidade?

Buscando situar uma conceituação de Modernidade, que se expressa paulatinamente a partir do século XIII, a criança e a infância são situadas como um fenômeno central na constituição da cultura ocidental a partir de então. O objeto deste trabalho é configurar alguns marcos filosóficos em torno da cri...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: José Carlos Souza Araujo
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2009-12-01
Series:Revista Educação em Questão
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/view/3968
Description
Summary:Buscando situar uma conceituação de Modernidade, que se expressa paulatinamente a partir do século XIII, a criança e a infância são situadas como um fenômeno central na constituição da cultura ocidental a partir de então. O objeto deste trabalho é configurar alguns marcos filosóficos em torno da criança a partir do século XVI, representados pelas concepções de Martinho Lutero, Erasmo de Roterdão, Juan Luis Vives, Michel de Montaigne, John Locke, João Amós Comênio, Jean-Jacques Rousseau, Immanuel Kant, Johann Heinrich Pestalozzi, Friedrich W. A. Froebel, Johann Friedrich Herbart, William James, John Dewey e Antonio Gramsci. Evidentemente, tais pensadores revelam posições múltiplas, por vezes antagônicas, expressas através de antropologias assentadas no inatismo, no naturalismo, no deísmo, no empirismo, no cristianismo, no racionalismo, no idealismo, no materialismo histórico, entre outras. Entretanto, a criança é sempre situada em tais posicionamentos como um projeto inerente à cultura, constituindo-se a educação e a pedagogia como instrumentos para a sua formação.
ISSN:0102-7735
1981-1802