A Gestalt-Terapia em Tempos de Incerteza: A Potência do Não-Saber
Em tempos de incerteza, temos vivenciado a ineficiência do acúmulo de conhecimento técnico-científico na criação de um mundo mais satisfatório e equânime. As injustiças, as violências e os adoecimentos têm sido porta-vozes da crise humanitária que atravessamos, onde a vida tem se revelado tentativa...
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
2020-03-01
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Series: | Estudos e Pesquisas em Psicologia |
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doaj-b68fd28d9df74de48b6c55d6bd524be92020-11-25T02:23:00ZporUniversidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)Estudos e Pesquisas em Psicologia1808-42812020-03-0119491592610.12957/epp.2019.4929225784A Gestalt-Terapia em Tempos de Incerteza: A Potência do Não-SaberLuciana Bicalho Cavanellas0Ronaldo Miranda BarbosaFundação Oswaldo Cruz - FiocruzEm tempos de incerteza, temos vivenciado a ineficiência do acúmulo de conhecimento técnico-científico na criação de um mundo mais satisfatório e equânime. As injustiças, as violências e os adoecimentos têm sido porta-vozes da crise humanitária que atravessamos, onde a vida tem se revelado tentativa de sobrevivência para uma maioria de pessoas, nos mais diferentes lugares. Diante da hegemonia de um tipo de saber dominante, que visa previsibilidade e controle, experiências de alteridade tendem a ser suprimidas e desqualificadas. A Gestalt-Terapia, nascida em berço existencial-fenomenológico, nos resgata a importância de um olhar que vai ao encontro do outro com abertura e coragem, acolhendo a diversidade e valorizando a força das experiências vividas. O cuidado se revela como atitude necessária de inquietação e desvelo, favorecendo a capacidade de confiar na gratuidade e na beleza dos encontros como fonte de aprendizado, experiência e conhecimento. O não-saber a priori acaba por revelar-se fonte potente de descoberta e criação de novas realidades.https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/49292gestalt-terapiaconhecimentoalteridadecuidado |
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Luciana Bicalho Cavanellas Ronaldo Miranda Barbosa |
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Em tempos de incerteza, temos vivenciado a ineficiência do acúmulo de conhecimento técnico-científico na criação de um mundo mais satisfatório e equânime. As injustiças, as violências e os adoecimentos têm sido porta-vozes da crise humanitária que atravessamos, onde a vida tem se revelado tentativa de sobrevivência para uma maioria de pessoas, nos mais diferentes lugares. Diante da hegemonia de um tipo de saber dominante, que visa previsibilidade e controle, experiências de alteridade tendem a ser suprimidas e desqualificadas. A Gestalt-Terapia, nascida em berço existencial-fenomenológico, nos resgata a importância de um olhar que vai ao encontro do outro com abertura e coragem, acolhendo a diversidade e valorizando a força das experiências vividas. O cuidado se revela como atitude necessária de inquietação e desvelo, favorecendo a capacidade de confiar na gratuidade e na beleza dos encontros como fonte de aprendizado, experiência e conhecimento. O não-saber a priori acaba por revelar-se fonte potente de descoberta e criação de novas realidades. |
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