Por uma inclusão escolar artesanal

A inclusão escolar envolve um posicionamento ético e político, e tem sido marcada pelo slogan “Educação para Todos”, o qual atravessa a prática educativa como uma palavra de ordem. Essa realidade revela sua importância diante de uma história marcada pela segregação escolar. De modo geral, os estuda...

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Bibliographic Details
Main Author: Verônica Gomes Nascimento
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2019-12-01
Series:Estilos da Clínica
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/estic/article/view/164188
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spelling doaj-ba093a3109f140b4bbec8cfc81b297682020-11-25T03:51:09ZporUniversidade de São PauloEstilos da Clínica1415-71281981-16242019-12-0124310.11606/issn.1981-1624.v24i3p514-515Por uma inclusão escolar artesanalVerônica Gomes Nascimento0Universidade Federal da Bahia (UFBA) A inclusão escolar envolve um posicionamento ético e político, e tem sido marcada pelo slogan “Educação para Todos”, o qual atravessa a prática educativa como uma palavra de ordem. Essa realidade revela sua importância diante de uma história marcada pela segregação escolar. De modo geral, os estudantes são reunidos simplesmente em grupos de acordo com os diagnósticos médicos que recebem a partir dos quais são estabelecidas “estratégias inclusivas”  no sentido de “garantir” a inclusão escolar. Diante disso, este estudo considera que a reunião das crianças em grupos direciona uma inclusão escolar que obedece um modelo estrutrado em “pacotes” e, em contraposição, apresenta uma proposta voltada para uma “inclusão artesanal”. Nesse sentido, a proposta da “inclusão artesanal” é pensada como um processo que considera que o ato de incluir deve acontecer partindo do caso a caso. Além disso, a “inclusão artesanal” contempla a dimensão da constituição psíquica. Assim, o objetivo da pesquisa foi identificar e analisar os elementos artesanais no processo inclusivo de estudantes autistas, matriculados na rede pública e privada de ensino brasileiro, a partir da experiência do Acompanhamento Terapêutico Escolar (ATE). A pesquisa é de natureza qualitativa e utiliza o estudo de caso de dois estudantes diagnosticados como autistas, os quais foram assistidos por acompanhantes terapêuticos escolares em seus processos de inclusão. Consideramos que os casos ilustram os efeitos de uma proposta de inclusão artesanal, pois através da experiência inclusiva e prática do ATE alguns atores escolares mostraram investimento e aposta em seus estudantes enquanto sujeitos e estes revelaram avanços importantes em seus processos de escolarização, sobretudo nos aspectos constitutivos e na possibilidade de construção do laço social. Palavras-chave: Inclusão escolar; Autismo; Acompanhamento Terapêutico Escolar; Ética; Psicanálise. http://www.revistas.usp.br/estic/article/view/164188Inclusão escolarAutismoAcompanhamento terapêutico escolarÉticaPsicanálise
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