“Corpo-mercadoria”, sob controle e punição: Prenúncios de uma subjetividade aniquilada?
O objetivo desta pesquisa foi, primeiramente, localizar o processo degenerativo do ser-homem ao longo da história a partir de um resgate das concepções e valores depositados no corpo em diferentes sociedades e períodos históricos, tendo como base uma visão histórico-dialética do homem. Por conseguin...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de Fortaleza
2009-07-01
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Series: | Revista Subjetividades |
Online Access: | https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/1634 |
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doaj-ba758733f11d42f5896b1b8128e17c2b2020-11-25T02:50:26ZporUniversidade de FortalezaRevista Subjetividades2359-07772359-07772009-07-01926476871843“Corpo-mercadoria”, sob controle e punição: Prenúncios de uma subjetividade aniquilada?Alexandra Arnold RodriguesAngela Maria Pires CaniatoO objetivo desta pesquisa foi, primeiramente, localizar o processo degenerativo do ser-homem ao longo da história a partir de um resgate das concepções e valores depositados no corpo em diferentes sociedades e períodos históricos, tendo como base uma visão histórico-dialética do homem. Por conseguinte, visou uma compreensão acerca do corpo humano, hipercotado, mas, contraditoriamente, tão violentado na contemporaneidade. Para tanto, utilizamos o método pesquisa bibliográfica e uma fundamentação pautada na Teoria Crítica da Escola de Frankfurtamalgamada à teoria psicanalítica. Neste artigo significativas conclusões puderam ser alcançadas, entre elas a identificação de uma importante conseqüência histórica: a perda de uma concepção de corpo integrado à mente, e uma negação da totalidade humana, que vem permitindo um uso perverso do corpo em prol da manutenção do sistema socioeconômico vigente. Identificou-se ainda a base ideológica que vem sustentando o conceito de saúde, já que “parecer bem” determina o “estar-bem”, e neste movimento a dor passa a ser valorizada e normatizada como imperativo para alcançar a imagem desejada. Assim se reconfigura a concepção de dor! Práticas de modificação corporal seriam um reflexo deste contexto, ou seja, de uma cultura que, ao invés de amparar o indivíduo, parece estar jogando-o na mortificação do sentimento de culpabilidade e na autopunição. Contudo, acredita-se que esta violenta situação que se impõe ao homem na contemporaneidade não determinará sua ação transformadora da cultura em que vive. Este artigo é um desdobramento do PIBIC-CNPq/UEM, “Corpo violado: injunções perversas da cultura”, ligado ao projeto de pesquisa-intervenção “Phenix: a ousadia do renascimento do indivíduo-sujeito”(Fase II), do Departamento de Psicologia - UEM Palavras-chave: Psicanálise; indústria cultural; corpo; dor; subjetividade danificada.https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/1634 |
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Alexandra Arnold Rodrigues Angela Maria Pires Caniato |
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O objetivo desta pesquisa foi, primeiramente, localizar o processo degenerativo do ser-homem ao longo da história a partir de um resgate das concepções e valores depositados no corpo em diferentes sociedades e períodos históricos, tendo como base uma visão histórico-dialética do homem. Por conseguinte, visou uma compreensão acerca do corpo humano, hipercotado, mas, contraditoriamente, tão violentado na contemporaneidade. Para tanto, utilizamos o método pesquisa bibliográfica e uma fundamentação pautada na Teoria Crítica da Escola de Frankfurtamalgamada à teoria psicanalítica. Neste artigo significativas conclusões puderam ser alcançadas, entre elas a identificação de uma importante conseqüência histórica: a perda de uma concepção de corpo integrado à mente, e uma negação da totalidade humana, que vem permitindo um uso perverso do corpo em prol da manutenção do sistema socioeconômico vigente. Identificou-se ainda a base ideológica que vem sustentando o conceito de saúde, já que “parecer bem” determina o “estar-bem”, e neste movimento a dor passa a ser valorizada e normatizada como imperativo para alcançar a imagem desejada. Assim se reconfigura a concepção de dor! Práticas de modificação corporal seriam um reflexo deste contexto, ou seja, de uma cultura que, ao invés de amparar o indivíduo, parece estar jogando-o na mortificação do sentimento de culpabilidade e na autopunição. Contudo, acredita-se que esta violenta situação que se impõe ao homem na contemporaneidade não determinará sua ação transformadora da cultura em que vive. Este artigo é um desdobramento do PIBIC-CNPq/UEM, “Corpo violado: injunções perversas da cultura”, ligado ao projeto de pesquisa-intervenção “Phenix: a ousadia do renascimento do indivíduo-sujeito”(Fase II), do Departamento de Psicologia - UEM Palavras-chave: Psicanálise; indústria cultural; corpo; dor; subjetividade danificada. |
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