Maurice Blanchot: política e escrita

Este artigo analisa o aprimoramento da escrita crítica de Maurice Blanchot a partir de seus textos políticos da década de 1930, textos que muitos pesquisadores avaliam como fascistas ou antissemitas. Ao longo de meu estudo, apresento certas contradições que impossibilitam classificar os escritos bla...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Davi Andrade Pimentel
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2014-12-01
Series:Aletria: Revista de Estudos de Literatura
Subjects:
Online Access:http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/6334
Description
Summary:Este artigo analisa o aprimoramento da escrita crítica de Maurice Blanchot a partir de seus textos políticos da década de 1930, textos que muitos pesquisadores avaliam como fascistas ou antissemitas. Ao longo de meu estudo, apresento certas contradições que impossibilitam classificar os escritos blanchotianos de 1930 sob a égide de qualquer doutrina. No processo crescente da escrita de Blanchot, o político, ou a política, nunca deixou de estar presente, seja para defender uma ideia de França utópica, seja para defender uma ideia de literatura, lembrando que no decorrer dos anos as posições políticas mudam e, sobretudo, o que se compreende por política. Como pressuposto teórico, dialogo, além de com os escritos de Blanchot, com os textos de Jean-Luc Nancy, Dionys Mascolo, Philippe Lacoue-Labarthe e Christophe Bident. Cet article examine le progrès du récit critique de Maurice Blanchot à partir de ses textes politiques des années 30, que de nombreux chercheurs classent comme étant des textes fascistes ou antisémites. Au cours de mon étude, je présente certaines contradictions qui rendent impossible la catégorisation des textes blanchotiens des années 30 sous l’égide de toute doctrine. Quant au perfectionnement de l’écriture de Blanchot, le politique, ou la politique, n’a jamais cessé d’être présent, soit pour défendre l’idée d’une France utopique, soit pour défendre l’idée d’une littérature, rappelant qu’au cours des années, les positions politiques changent, et surtout, ce que l’on entend par le mot politique. Comme supposition théorique, je dialogue au-delà des écrits de Blanchot, avec les textes de Jean-Luc Nancy, Dionys Mascolo, Philippe Lacoue- Labarthe et Christophe Bident.
ISSN:1679-3749
2317-2096