Summary: | RESUMO O artigo discute a história dos rios amazônicos como lugares de “hidronegócios”, analisando as fontes e a produção historiográfica sobre os registros de usos e representações das águas, bem como os processos de apropriação dos rios no contexto do planejamento do desenvolvimento regional entre 1950 e 1985, norteado pelas ideias de progresso e crescimento econômico. As fontes utilizadas, discursos, legislações, planos e relatórios de governo e o diálogo com bibliografias clássicas e contemporâneas sobre diversos aspectos das interações entre rios e sociedades humanas demonstram que os rios amazônicos desempenharam papel central na ocupação do território, na circulação de pessoas, ideias e mercadorias e na subsunção da água como força motriz de operações industriais e urbanas, em especial dos grandes projetos mínero-metalúrgicos. As águas foram ressignificadas em quilowatts e commodities, secundarizando as relações mantidas pelas comunidades com os rios.
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