Arqueologia de Gestão em Madri: presos pelo modelo de especulação capitalista do território

Com o fim da ditadura Franquista, iniciou na Espanha um processo sem precedentes de democracia compactuada com as elites políticas e econômicas. A novidade neste contexto de transformação estava na introdução de uma série de instituições democráticas que amparavam um modelo econômico desenvolvimenti...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Carlos Marín Suárez, Eva Parga Dans
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Sociedade de Arqueologia Brasileira 2015-12-01
Series:Revista de Arqueologia
Subjects:
Online Access:https://revista.sabnet.org/index.php/SAB/article/view/431
Description
Summary:Com o fim da ditadura Franquista, iniciou na Espanha um processo sem precedentes de democracia compactuada com as elites políticas e econômicas. A novidade neste contexto de transformação estava na introdução de uma série de instituições democráticas que amparavam um modelo econômico desenvolvimentista que garantia o acesso ao consumo das massas e a maiores níveis de igualdade e liberdade, através da formula do livre mercado. A associação entre liberdade democrática e econômica neste contexto de transformação assentou as bases cognitivas que se relacionam com determinadas formas de “verdade” e “poder”. Madri, como comunidade pioneira na instauração da denominada arqueologia comercial ou de contrato, fundamentada na liberação do solo para a construção, é um caso paradigmático deste processo de transformação. Neste contexto, as contradições associadas ao modelo econômico que possibilitou o desenvolvimento da arqueologia comercial e do marco legal que a amparou, são aqui expostos como forma de denúncia e crítica a uma forma determinada e hegemônica de operar, abrindose um espaço para a reflexão e a luta.
ISSN:0102-0420
1982-1999