Bacteriúria assintomática na gravidez de baixo risco – qual a evidência do seu tratamento?
A bacteriúria assintomática (BUA) tem estado associada a aumento do risco de pielonefrite materna e parto pré-termo. As normas de orientação clínica internacionais recomendam a sua pesquisa e tratamento durante a gravidez. No entanto, os benefícios e riscos da sua pesquisa e tratamento não são conse...
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Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
2019-10-01
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doaj-c04cb7e1b3d84ac8ac60a51263c493122020-11-25T02:06:52ZporSociedade Brasileira de Medicina de Família e ComunidadeRevista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 1809-59092179-79942019-10-01144110.5712/rbmfc14(41)1922Bacteriúria assintomática na gravidez de baixo risco – qual a evidência do seu tratamento?Cátia Sofia Leocádio Cordeiro0Ana Isabel Ribeiro1Luís Filipe Cavadas2Unidade de Saúde Familiar Lagoa, Unidade Local de Saúde de Matosinhos, Porto - PortugalUSF Nova Lousada, ACeS Tâmega IIIUSF Lagoa, ULS MatosinhosA bacteriúria assintomática (BUA) tem estado associada a aumento do risco de pielonefrite materna e parto pré-termo. As normas de orientação clínica internacionais recomendam a sua pesquisa e tratamento durante a gravidez. No entanto, os benefícios e riscos da sua pesquisa e tratamento não são consensuais. Esta revisão tem por objetivo analisar a evidência disponível quanto à influência do tratamento da BUA na morbimortalidade materna e fetal. Os autores realizaram pesquisa na base de dados MEDLINE e sites de Medicina Baseada na Evidência, de revisões baseadas na evidência, normas de orientação clínica, meta-análises, revisões sistemáticas e ensaios clínicos controlados e aleatorizados, utilizando os termos MeSH: Bacteriuria e Pregnancy, de artigos publicados entre janeiro de 2008 e maio de 2018, em Inglês, Francês, Espanhol e Português. Para avaliação dos níveis de evidência e atribuição de forças de recomendação, foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Family Physician. Foram identificados 136 artigos, dos quais 10 cumpriam critérios de inclusão. A evidência existente, maioria baseada em estudos antigos com importantes limitações metodológicas, não permite concluir de forma clara se o tratamento da BUA influencia positivamente a morbimortalidade materna e fetal, no entanto dados recentes apontam para ausência de benefício com o tratamento da BUA em gravidezes únicas de baixo risco (Força de recomendação B), o que questiona a prática clínica corrente. Para colmatar as limitações dos estudos encontrados, são necessários estudos controlados, aleatorizados, de elevada qualidade e maior dimensão que avaliem a influência do tratamento da BUA na morbimortalidade materna e fetal. https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1922BacteriúriaGravidezNascimento PrematuroAtenção Primária à Saúde |
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