Summary: | Este artigo procura registar a visibilidade política que a escola graduada assume no quadro de um projeto de educação popular nascido sob a égide de maçons republicanos. O que se discute, em particular, são as razões que determinam, no decurso da primeira grande experiência de descentralização do ensino em Portugal (1881-1892), a identificação da política educativa do município de Lisboa com a nova organização administrativo-pedagógica. Um traço marcante é o de que a escola graduada responde com extrema eficácia ao desígnio de escolarizar um elevado número de crianças. Por outro lado, o autor associa o novo modelo de organização escolar à ascensão de um corpo docente qualificado, indispensável para o entendimento da escola graduada enquanto comunidade orgânica; credita, no fundo, à ideia de especialização, algo que tem que ver com o desenvolvimento científico da pedagogia e com a transação do saber pedagógico no seio de uma comunidade de “especialistas”.
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