Summary: | O principal objetivo desta pesquisa foi conceber um Modelo para Implantação de Cidade Digital (MICD) baseado nas melhores práticas já observadas no Brasil e nas recomendações de organismos internacionais da área de telecomunicações que considere as necessidades informacionais dos cidadãos relacionadas com serviços públicos em meio eletrônico. Para tal, buscou-se, na literatura especializada, a revisão dos temas relacionados com a implantação de cidades digitais, bem como documentos publicados por organismos internacionais, como a Associação Ibero-americana de Centros de Pesquisa e Empresas de Telecomunicações (AHCIET) e a Associação Espanhola de Usuários de Telecomunicações e Sociedade da Informação (AUTELSI). Para elaboração do MICD, considerou-se a realidade de municípios brasileiros com menos de 100 mil habitantes em áreas urbanas. Empregaram-se métodos da pesquisa qualitativa e, na coleta de dados, utilizaram-se questionários e entrevistas para identificar as necessidades informacionais do cidadão, os níveis de preparação e apropriação das Tecnologias da Informação e Comunicações (TIC) da comunidade e da Administração Pública Municipal (APM) e as melhores práticas de implantação de cidades digitais no Brasil. A pesquisa concluiu que, na implantação de projetos de cidades digitais, é fundamental que seja realizada uma pesquisa para diagnosticar o nível de apropriação e uso das TIC na cidade, bem como as necessidades informacionais dos cidadãos. Foi possível concluir também que, em geral, as experiências brasileiras em implantação de cidades digitais em municípios de pequeno porte são iniciativas isoladas, sem o aproveitamento de boas práticas de projetos similares, com pequena participação de universidades e centros de pesquisa, os quais têm priorizado a distribuição do sinal de Internet de forma gratuita em detrimento de investimentos em infraestrutura de rede, automatização de processos e de serviços públicos em meio eletrônico e de um portal de governo eletrônico eficiente. Com a análise crítica dos dados coletados, juntamente com os conhecimentos adquiridos a partir da revisão de literatura, aliados também às recomendações de organismos internacionais da área de telecomunicações, foi possível a elaboração do MICD.
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