Honestos, trabalhadores, desordeiros e viciados: os jogos discursivos sobre masculinidades nos processos criminais no Paraná dos anos 1950

A subjetividade é o conjunto de “práticas de si” vivenciadas pelos sujeitos no seu constante fazer-se. Analisar o processo de subjetivação, a partir das representações do feminino e do masculino, possibilita verificar os jogos que atuam enquadrando e empurrando para a margem os indivíduos a partir...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Kety Carla De March
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Goiás 2013-12-01
Series:OPSIS : Revista do Departamento de História e Ciências Sociais
Subjects:
Online Access:http://revistas.ufg.emnuvens.com.br/Opsis/article/view/23201/15909#.Vv16mvkrLcs
Description
Summary:A subjetividade é o conjunto de “práticas de si” vivenciadas pelos sujeitos no seu constante fazer-se. Analisar o processo de subjetivação, a partir das representações do feminino e do masculino, possibilita verificar os jogos que atuam enquadrando e empurrando para a margem os indivíduos a partir desse binômio e as formas de assujeitamento dos sujeitos a esses modelos. Masculinidades e feminilidades engendram-se a partir de representações e operam na especificidade da subjetividade de cada indivíduo ou grupo social. Analisamos nesse artigo as forças construtoras das masculinidades, a partir da categoria analítica de gênero. E, assim, buscamos compreender como se formavam as subjetividades masculinas quando do encontro com a excepcionalidade da violência e o poder da Justiça, na documentação produzida pelo sistema criminal nos anos 1950 no Paraná, tendo como fonte os processos criminais envolvendo violência de gênero. Utilizamos uma metodologia que possibilita a construção dos perfis dos envolvidos nessas relações de violência física e que auxilia na compreensão dos processos de subjetivação observados nas falas construídas por esses sujeitos históricos.
ISSN:1519-3276
2177-5648