“Super-Meninas em: o poder do rosa!?!” Por uma compreensão das feminilidades infantis a partir dos estudos de mídia, gênero e infância
O presente artigo problematiza o lugar social e cultural da menina, no contexto da cultura midiática globalizada. O recorte analítico remete à pesquisas realizadas com crianças de séries iniciais, da região da grande Florianópolis, em seus contextos escolares e da presença de referenciais identitári...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal de Santa Catarina
2016-04-01
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Series: | Perspectiva |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/36495 |
Summary: | O presente artigo problematiza o lugar social e cultural da menina, no contexto da
cultura midiática globalizada. O recorte analítico remete à pesquisas realizadas com
crianças de séries iniciais, da região da grande Florianópolis, em seus contextos escolares
e da presença de referenciais identitários que culminam na imagem da que
denominamos Menina-Super-Poder-Rosa. A análise dialoga, tensiona e questiona tal
representação, cujos signicados são marcados pela sua inerente ambiguidade e
contradição, sobretudo quando apropriados e ressiginicados pelas crianças. Tal
imagem congrega elementos e caraterísticas que se voltam a uma espécie de
feminilidade infantil contemporânea, onde é possível constatar matrizes culturais mais
tradicionais. Nesse sentido, guram aspectos ligados à passividade e à subserviência
feminina ao lado de características mais atuais relacionadas às conquistas feministas e ao
empoderamento das mulheres. Para a realização da pesquisa com as crianças, fez-se uso
da etnograa e da pesquisa-intervenção com o propósito de problematizar as relações de
poder, principalmente as voltadas às questões de gênero, infância e mídia. Como
resultado, notou-se que as feminilidades infantis por mais que tenham avançado rumo
à igualdade de direitos e à liberdade de expressão, ainda continuam ocupando um lugar
de subalternidade, de inferiorização e de naturalização das diferenças, sendo
cristalizadas em práticas sexistas e discriminátorias, as quais são vivenciadas e
reproduzidas cotidiadianamente nas interrelações infantis. |
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ISSN: | 0102-5473 2175-795X |