Tuberculose Infantil — Casuística de 6 Anos (1991-96)
A tuberculose continua a ser, ainda nos nossos dias, motivo de preocupação, constituindo um importante problema de Saúde Pública. Nesse sentido os autores fazem uma análise retrospectiva dos processos clínicos das 54 crianças internadas com tuberculose no Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar...
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Sociedade Portuguesa de Pediatria
2014-09-01
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doaj-c97f12d9596240b095aeeceee038fb622020-11-25T02:06:50ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332014-09-0129310.25754/pjp.1998.5585Tuberculose Infantil — Casuística de 6 Anos (1991-96)Rui PintoConceição FerreiraMaria José MilheiroFernando Cardoso Rodrigues A tuberculose continua a ser, ainda nos nossos dias, motivo de preocupação, constituindo um importante problema de Saúde Pública. Nesse sentido os autores fazem uma análise retrospectiva dos processos clínicos das 54 crianças internadas com tuberculose no Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia nos últimos 6 anos (1991-96), com o objectivo de contribuir para uma melhor avaliação da situação e alertar as autoridades competentes para as lacunas que continuam a existir no rastreio, prevenção e tratamento desta doença. Metade dos casos foram diagnosticados em crianças com idade inferior a quatro anos e as formas de maior gravidade ocorreram nos primeiros dois anos de vida. Apenas 34 crianças (63%) tinham sido inoculadas com BCG e dessas só 12 (35%) tinham controles tuberculínicos, sendo estes positivos em dois casos (16,6%). As fontes de contágio foram identificadas em 74% dos casos sendo, na sua quase totalidade, familiares directos com diagnóstico estabelecimento meses ou anos antes. O rastreio dos contactos e a instituição de profilaxia ou terapêutica anti-tuberculosa, ou não foram feitos ou revelaram-se ineficazes. O isolamento do Mycobacterium tuberculosis efectuou-se em 20 casos (37%) não tendo sido observadas resistências aos antibacilares. Houve evolução favorável com cura sem sequelas em todas as crianças. Para além da identificação e tratamento precoce dos casos identificados, salienta-se a importância que assume a investigação e o acompanhamento de todos os contactos, no sentido da instituição de planos profilácticos ou terapêuticos, única forma de prevenir a progressão da doença na comunidade. https://pjp.spp.pt//article/view/5585TuberculosecriançaBCG |
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A tuberculose continua a ser, ainda nos nossos dias, motivo de preocupação, constituindo um importante problema de Saúde Pública.
Nesse sentido os autores fazem uma análise retrospectiva dos processos clínicos das 54 crianças internadas com tuberculose no Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia nos últimos 6 anos (1991-96), com o objectivo de contribuir para uma melhor avaliação da situação e alertar as autoridades competentes para as lacunas que continuam a existir no rastreio, prevenção e tratamento desta doença.
Metade dos casos foram diagnosticados em crianças com idade inferior a quatro anos e as formas de maior gravidade ocorreram nos primeiros dois anos de vida.
Apenas 34 crianças (63%) tinham sido inoculadas com BCG e dessas só 12 (35%) tinham controles tuberculínicos, sendo estes positivos em dois casos (16,6%).
As fontes de contágio foram identificadas em 74% dos casos sendo, na sua quase totalidade, familiares directos com diagnóstico estabelecimento meses ou anos antes. O rastreio dos contactos e a instituição de profilaxia ou terapêutica anti-tuberculosa, ou não foram feitos ou revelaram-se ineficazes.
O isolamento do Mycobacterium tuberculosis efectuou-se em 20 casos (37%) não tendo sido observadas resistências aos antibacilares.
Houve evolução favorável com cura sem sequelas em todas as crianças.
Para além da identificação e tratamento precoce dos casos identificados, salienta-se a importância que assume a investigação e o acompanhamento de todos os contactos, no sentido da instituição de planos profilácticos ou terapêuticos, única forma de prevenir a progressão da doença na comunidade.
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