A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações Postischemic stunned myocardium does not alter cardiac response to an elevation in contractile frequency
OBJETIVO: Analisar a influência da depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão (DMPIR) sobre os efeitos inotrópico e lusitrópico promovidos pela freqüência cardíaca (FC). MÉTODOS: Nove preparações de coração isolado de cães nutrido pelo sangue arterial de um outro cão e contraindo isovolumetricamen...
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Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
2005-01-01
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doaj-ca24ecd0d3bf42fd81ee01e8417d7d192020-11-24T23:40:14ZengSociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)Arquivos Brasileiros de Cardiologia0066-782X1678-41702005-01-01841384310.1590/S0066-782X2005000100009A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações Postischemic stunned myocardium does not alter cardiac response to an elevation in contractile frequencyOrlando Sant'Ana JrRoberto J. NogueiraNeif MuradAntonio Carlos LopesPaulo J. F. TucciOBJETIVO: Analisar a influência da depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão (DMPIR) sobre os efeitos inotrópico e lusitrópico promovidos pela freqüência cardíaca (FC). MÉTODOS: Nove preparações de coração isolado de cães nutrido pelo sangue arterial de um outro cão e contraindo isovolumetricamente tiveram a freqüência cardíaca elevada de 60 bpm a 200 bpm, em etapas de 20 bpm. Foram avaliadas as variáveis antes (C) e depois (D) da isquemia (15 min) e reperfusão (30 min): a pressão desenvolvida durante a contração (PD), sua 1ª derivada positiva (+dP/dt) e negativa (-dP/dt), o tempo de pressão máxima (TPM), a pressão de repouso (Pr) e o tempo para a pressão desenvolvida regredir em 90% de seu valor máximo (TR90%). RESULTADOS: Os efeitos estimulantes da elevação da FC sobre o inotropismo e o relaxamento foram semelhantes em C e em D: houve aumento dos valores da +dP/dt, redução do TPM, acentuação da -dP/dt e diminuição do TR90%. A PD não sofreu alteração e a Pr se elevou. CONCLUSÃO: Os resultados confirmaram o efeito inotrópico positivo da elevação da FC (efeito Bowditch) e a ação depressora da isquemia/reperfusão. Evidenciaram ainda que a DMPIR não altera a ação estimulante do efeito Bowditch. Os resultados se adequam ao conceito vigente de que a DMPIR não compromete a cinética miocárdica do cálcio, favorecendo, a hipótese prevalente de que o decaimento da capacidade contrátil pós-isquemia/reperfusão depende de redução da responsividade dos miofilamentos ao cálcio.<br>OBJECTIVE:To assess the influence of the postischemia/reperfusion stunned myocardium (PIRSM) on the inotropic and lusitropic effects of heart rate (HR). METHODS: Nine preparations of isolated dog hearts in isovolumic contraction and nourished by the arterial blood of another dog underwent heart rate elevation from 60 bpm to 200 bpm, in 20-bpm stages. The following variables were assessed before (B) and after (A) ischemia (15 min) and reperfusion (30 min): the pressure developed during contraction (PD), its first positive (+dP/dt) and negative (-dP/dt) derivative, the time of maximum pressure (TMP), the pressure at rest (Pr), and the time necessary for the developed pressure to decrease by 90% of its maximum value (time for relaxation - TR90%). RESULTS: The stimulating effects of HR elevation on inotropism and relaxation were similar before and after ischemia/reperfusion as follows: +dP/dt values increased, TMP decreased, -dP/dt values were intensified, and TR90% decreased. The values of PD did not change, and Pr increased. CONCLUSION: The results confirmed the positive inotropic effect of HR elevation (Bowditch effect) and the depressive action of ischemia/reperfusion. They also evidenced that PIRSM does not alter the stimulating action of the Bowditch effect, in accordance with the current concept that PIRSM does not impair calcium myocardial kinetics, favoring the prevalent hypothesis that the decrease in the contractile capacity after ischemia/reperfusion depends on the reduction of the myofilament responsiveness to calcium.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005000100009depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusãoefeito Bowditchfreqüência cardíacafunção sistólicafunção diastólicapostischemia/reperfusion stunned myocardiumBowditch effectheart ratesystolic functiondiastolic function |
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OBJETIVO: Analisar a influência da depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão (DMPIR) sobre os efeitos inotrópico e lusitrópico promovidos pela freqüência cardíaca (FC). MÉTODOS: Nove preparações de coração isolado de cães nutrido pelo sangue arterial de um outro cão e contraindo isovolumetricamente tiveram a freqüência cardíaca elevada de 60 bpm a 200 bpm, em etapas de 20 bpm. Foram avaliadas as variáveis antes (C) e depois (D) da isquemia (15 min) e reperfusão (30 min): a pressão desenvolvida durante a contração (PD), sua 1ª derivada positiva (+dP/dt) e negativa (-dP/dt), o tempo de pressão máxima (TPM), a pressão de repouso (Pr) e o tempo para a pressão desenvolvida regredir em 90% de seu valor máximo (TR90%). RESULTADOS: Os efeitos estimulantes da elevação da FC sobre o inotropismo e o relaxamento foram semelhantes em C e em D: houve aumento dos valores da +dP/dt, redução do TPM, acentuação da -dP/dt e diminuição do TR90%. A PD não sofreu alteração e a Pr se elevou. CONCLUSÃO: Os resultados confirmaram o efeito inotrópico positivo da elevação da FC (efeito Bowditch) e a ação depressora da isquemia/reperfusão. Evidenciaram ainda que a DMPIR não altera a ação estimulante do efeito Bowditch. Os resultados se adequam ao conceito vigente de que a DMPIR não compromete a cinética miocárdica do cálcio, favorecendo, a hipótese prevalente de que o decaimento da capacidade contrátil pós-isquemia/reperfusão depende de redução da responsividade dos miofilamentos ao cálcio.<br>OBJECTIVE:To assess the influence of the postischemia/reperfusion stunned myocardium (PIRSM) on the inotropic and lusitropic effects of heart rate (HR). METHODS: Nine preparations of isolated dog hearts in isovolumic contraction and nourished by the arterial blood of another dog underwent heart rate elevation from 60 bpm to 200 bpm, in 20-bpm stages. The following variables were assessed before (B) and after (A) ischemia (15 min) and reperfusion (30 min): the pressure developed during contraction (PD), its first positive (+dP/dt) and negative (-dP/dt) derivative, the time of maximum pressure (TMP), the pressure at rest (Pr), and the time necessary for the developed pressure to decrease by 90% of its maximum value (time for relaxation - TR90%). RESULTS: The stimulating effects of HR elevation on inotropism and relaxation were similar before and after ischemia/reperfusion as follows: +dP/dt values increased, TMP decreased, -dP/dt values were intensified, and TR90% decreased. The values of PD did not change, and Pr increased. CONCLUSION: The results confirmed the positive inotropic effect of HR elevation (Bowditch effect) and the depressive action of ischemia/reperfusion. They also evidenced that PIRSM does not alter the stimulating action of the Bowditch effect, in accordance with the current concept that PIRSM does not impair calcium myocardial kinetics, favoring the prevalent hypothesis that the decrease in the contractile capacity after ischemia/reperfusion depends on the reduction of the myofilament responsiveness to calcium. |
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