Considerações sobre a posse nominal em Apurinã (Aruák)

Resumo Os nomes em Apurinã, língua indígena pertencente à família Aruák, falada no sudeste do estado do Amazonas, já foram objeto de investigação de alguns autores, em que diferentes classificações foram propostas (Facundes, 1995, 2000; Brandão, 2006; Facundes; Freitas, 2013). Neste artigo, revisita...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Marília Fernanda Pereira de Freitas, Sidney da Silva Facundes
Format: Article
Language:English
Published: Museu Paraense Emílio Goeldi
Series:Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222018000300645&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Resumo Os nomes em Apurinã, língua indígena pertencente à família Aruák, falada no sudeste do estado do Amazonas, já foram objeto de investigação de alguns autores, em que diferentes classificações foram propostas (Facundes, 1995, 2000; Brandão, 2006; Facundes; Freitas, 2013). Neste artigo, revisitaremos as diferentes classificações para os nomes em Apurinã, apresentando, posteriormente, a proposta atual de classificação de nomes em Apurinã, com base em Freitas (2017), que classifica os nomes em: (i) alienáveis, (ii) inalienáveis e (iii) nomes não possuíveis. A atual proposta também considera que a (in)alienabilidade na língua é definida em termos não só dos padrões de marcação morfológica dos nomes, mas também leva em conta os parâmetros ‘frequência de ocorrência’, em construções de posse, e ‘motivação econômica’, tal como definidos por Haspelmath (2008), dentro de uma abordagem tipológica. Assim, nomes inalienáveis ocorrem mais frequentemente como possuídos, sendo não marcados em construções de posse, por isso, são mais econômicos; já nomes alienáveis ocorrem mais frequentemente como não possuídos, sendo notoriamente marcados em construções de posse por um conjunto de sufixos, portanto, são menos econômicos.
ISSN:2178-2547