O espaço rizomático de Vasto Mar de Sargaços

Este trabalho faz uma abordagem da cartografia rizomática de Vasto Mar de Sargaços da escritora caribenha Jean Rhys, a partir da sua estrutura marcadamente polifônica, definida não só pelo jogo intertextual que estabelece com o romance Jane Eyre de Charlotte Brontë, mas pela sua estrutura narrativa....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Viviane Freitas
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Estado da Bahia (UNEB) 2014-12-01
Series:Babel
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.uneb.br/index.php/babel/article/view/1403
id doaj-d2d76c78d23a4811ad59f6e3d8e256e6
record_format Article
spelling doaj-d2d76c78d23a4811ad59f6e3d8e256e62021-05-06T16:46:10ZengUniversidade do Estado da Bahia (UNEB)Babel2238-57542014-12-0142O espaço rizomático de Vasto Mar de SargaçosViviane Freitas0Doutoranda em Teorias e Crítica da Literatura e da Cultura no Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura da Universidade Federal da Bahia (UFBA).Este trabalho faz uma abordagem da cartografia rizomática de Vasto Mar de Sargaços da escritora caribenha Jean Rhys, a partir da sua estrutura marcadamente polifônica, definida não só pelo jogo intertextual que estabelece com o romance Jane Eyre de Charlotte Brontë, mas pela sua estrutura narrativa. O capítulo explora as formas pelas quais a topografia ficcional é construída através da inter-relação entre o tempo-espaço de Jane Eyre e o tempo-espaço de Vasto Mar de Sargaços, e definida pela pluralidade de vozes e discursos que se justapõem, e se contrapõem na narrativa do romance caribenho. O trabalho examina a maneira como a “espacialização da história” da personagem Bertha Mason em Vasto Mar de Sargaços, permite uma releitura da visão colonial endossada pelo texto de Charlote Brontë. Vasto Mar de Sargaços revela a alteridade que foi suprimida no romance Jane Eyre, ao trazer à tona a espacialidade caribenha enquanto dimensão da experiência humana. É essa dimensão espacial, feita da matéria própria da vida, que, no entanto, sempre escapa à representação, que Rhys explora em sua ficção. A história espacial desafia as imaginações míticas do objeto da história imperial, legitimada por um discurso lógico, coerente. Em contraste com a visibilidade da história imperial, está a invisibilidade do objeto da história espacial, a dimensão do vivido e experimentado, uma história composta por traços, vestígios de espaços. A história espacial começa e termina na linguagem, pois através da linguagem o espaço é simbolicamente transformado em um espaço com uma história.https://www.revistas.uneb.br/index.php/babel/article/view/1403Espaço rizomáticoEspacialização da históriaPolifonia
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Viviane Freitas
spellingShingle Viviane Freitas
O espaço rizomático de Vasto Mar de Sargaços
Babel
Espaço rizomático
Espacialização da história
Polifonia
author_facet Viviane Freitas
author_sort Viviane Freitas
title O espaço rizomático de Vasto Mar de Sargaços
title_short O espaço rizomático de Vasto Mar de Sargaços
title_full O espaço rizomático de Vasto Mar de Sargaços
title_fullStr O espaço rizomático de Vasto Mar de Sargaços
title_full_unstemmed O espaço rizomático de Vasto Mar de Sargaços
title_sort o espaço rizomático de vasto mar de sargaços
publisher Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
series Babel
issn 2238-5754
publishDate 2014-12-01
description Este trabalho faz uma abordagem da cartografia rizomática de Vasto Mar de Sargaços da escritora caribenha Jean Rhys, a partir da sua estrutura marcadamente polifônica, definida não só pelo jogo intertextual que estabelece com o romance Jane Eyre de Charlotte Brontë, mas pela sua estrutura narrativa. O capítulo explora as formas pelas quais a topografia ficcional é construída através da inter-relação entre o tempo-espaço de Jane Eyre e o tempo-espaço de Vasto Mar de Sargaços, e definida pela pluralidade de vozes e discursos que se justapõem, e se contrapõem na narrativa do romance caribenho. O trabalho examina a maneira como a “espacialização da história” da personagem Bertha Mason em Vasto Mar de Sargaços, permite uma releitura da visão colonial endossada pelo texto de Charlote Brontë. Vasto Mar de Sargaços revela a alteridade que foi suprimida no romance Jane Eyre, ao trazer à tona a espacialidade caribenha enquanto dimensão da experiência humana. É essa dimensão espacial, feita da matéria própria da vida, que, no entanto, sempre escapa à representação, que Rhys explora em sua ficção. A história espacial desafia as imaginações míticas do objeto da história imperial, legitimada por um discurso lógico, coerente. Em contraste com a visibilidade da história imperial, está a invisibilidade do objeto da história espacial, a dimensão do vivido e experimentado, uma história composta por traços, vestígios de espaços. A história espacial começa e termina na linguagem, pois através da linguagem o espaço é simbolicamente transformado em um espaço com uma história.
topic Espaço rizomático
Espacialização da história
Polifonia
url https://www.revistas.uneb.br/index.php/babel/article/view/1403
work_keys_str_mv AT vivianefreitas oespacorizomaticodevastomardesargacos
_version_ 1721456323182198784