Variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária: casuística e evolução clínica
INTRODUÇÃO: O significado clínico das variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária (GESF) ainda é pouco claro. Com o objetivo de determinar a frequência das variantes da GESF e sua evolução clínica em uma população hispânica, analisamos nossos casos desta glomerulopatia. M...
Main Authors: | , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade Brasileira de Nefrologia
2013-06-01
|
Series: | Brazilian Journal of Nephrology |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002013000200006&lng=en&tlng=en |
id |
doaj-d3331486a55f4e5eb485fc6e834a83a6 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-d3331486a55f4e5eb485fc6e834a83a62020-11-24T23:53:19ZengSociedade Brasileira de NefrologiaBrazilian Journal of Nephrology2175-82392013-06-0135211211910.5935/0101-2800.20130019S0101-28002013000200006Variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária: casuística e evolução clínicaLuis F. Arias0Carlos A. Jiménez1Mariam J. Arroyave2Universidad de AntioquiaUniversidad de AntioquiaUniversidad de AntioquiaINTRODUÇÃO: O significado clínico das variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária (GESF) ainda é pouco claro. Com o objetivo de determinar a frequência das variantes da GESF e sua evolução clínica em uma população hispânica, analisamos nossos casos desta glomerulopatia. MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo, biópsias renais com diagnóstico de GESF (de 1998 a 2009) foram analisadas e classificadas acordo com os critérios da classificação de Columbia. Os dados clínico-evolutivos foram analisados e comparados entre as variantes. RESULTADOS: Do total de 291 casos, 224 (77,0%) corresponderam a variante sem especificação (NOS), 40 casos (13,7%) a forma com lesão no polo urinário (TIP), 14 casos (4,8%) a lesão perihiliar (PH), 10 casos (3,4%) ao tipo colapsante (COLL) e três casos (1,0%) a variante celular (CEL). A idade média de apresentação foi de 26 anos (intervalo de 1 a 79), sendo 74 pacientes (25,4%) com idade inferior a 15 anos. Hipertensão arterial e disfunção renal foram os achados mais frequentes nos casos de PH e COLL. A variante PH apresentou-se, frequentemente, com proteinúria não nefrótica. Notou-se menos lesões histológicas de cronicidade em casos TIP. Houve remissão clínica em 57% dos pacientes com TIP, 23,5% dos pacientes com NOS, 22,2% dos pacientes com COLL e em nenhum paciente com PH (p < 0,01). Doença renal crônica (DRC) foi menos frequente no grupo TIP comparativamente as outras variantes (p = 0,03). Não houve diferença estatística na evolução para estágio final da doença renal entre as variantes. CONCLUSÕES: A aparência histológica não parece ser um bom marcador clínico de prognóstico na GESF. A forma COLL é uma doença com muitas diferenças para as outras variantes e pior prognóstico. A variante PH ocorre principalmente de adultos, com evolução frequente para DRC. A lesão do tipo TIP parece ser menos agressiva que as outras variantes, embora sua evolução não seja benigna.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002013000200006&lng=en&tlng=englomeruloesclerose segmentar e focalglomérulos renaispodócitossíndrome nefrótica |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Luis F. Arias Carlos A. Jiménez Mariam J. Arroyave |
spellingShingle |
Luis F. Arias Carlos A. Jiménez Mariam J. Arroyave Variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária: casuística e evolução clínica Brazilian Journal of Nephrology glomeruloesclerose segmentar e focal glomérulos renais podócitos síndrome nefrótica |
author_facet |
Luis F. Arias Carlos A. Jiménez Mariam J. Arroyave |
author_sort |
Luis F. Arias |
title |
Variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária: casuística e evolução clínica |
title_short |
Variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária: casuística e evolução clínica |
title_full |
Variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária: casuística e evolução clínica |
title_fullStr |
Variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária: casuística e evolução clínica |
title_full_unstemmed |
Variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária: casuística e evolução clínica |
title_sort |
variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária: casuística e evolução clínica |
publisher |
Sociedade Brasileira de Nefrologia |
series |
Brazilian Journal of Nephrology |
issn |
2175-8239 |
publishDate |
2013-06-01 |
description |
INTRODUÇÃO: O significado clínico das variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária (GESF) ainda é pouco claro. Com o objetivo de determinar a frequência das variantes da GESF e sua evolução clínica em uma população hispânica, analisamos nossos casos desta glomerulopatia. MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo, biópsias renais com diagnóstico de GESF (de 1998 a 2009) foram analisadas e classificadas acordo com os critérios da classificação de Columbia. Os dados clínico-evolutivos foram analisados e comparados entre as variantes. RESULTADOS: Do total de 291 casos, 224 (77,0%) corresponderam a variante sem especificação (NOS), 40 casos (13,7%) a forma com lesão no polo urinário (TIP), 14 casos (4,8%) a lesão perihiliar (PH), 10 casos (3,4%) ao tipo colapsante (COLL) e três casos (1,0%) a variante celular (CEL). A idade média de apresentação foi de 26 anos (intervalo de 1 a 79), sendo 74 pacientes (25,4%) com idade inferior a 15 anos. Hipertensão arterial e disfunção renal foram os achados mais frequentes nos casos de PH e COLL. A variante PH apresentou-se, frequentemente, com proteinúria não nefrótica. Notou-se menos lesões histológicas de cronicidade em casos TIP. Houve remissão clínica em 57% dos pacientes com TIP, 23,5% dos pacientes com NOS, 22,2% dos pacientes com COLL e em nenhum paciente com PH (p < 0,01). Doença renal crônica (DRC) foi menos frequente no grupo TIP comparativamente as outras variantes (p = 0,03). Não houve diferença estatística na evolução para estágio final da doença renal entre as variantes. CONCLUSÕES: A aparência histológica não parece ser um bom marcador clínico de prognóstico na GESF. A forma COLL é uma doença com muitas diferenças para as outras variantes e pior prognóstico. A variante PH ocorre principalmente de adultos, com evolução frequente para DRC. A lesão do tipo TIP parece ser menos agressiva que as outras variantes, embora sua evolução não seja benigna. |
topic |
glomeruloesclerose segmentar e focal glomérulos renais podócitos síndrome nefrótica |
url |
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002013000200006&lng=en&tlng=en |
work_keys_str_mv |
AT luisfarias varianteshistologicasdaglomeruloesclerosesegmentarefocalprimariacasuisticaeevolucaoclinica AT carlosajimenez varianteshistologicasdaglomeruloesclerosesegmentarefocalprimariacasuisticaeevolucaoclinica AT mariamjarroyave varianteshistologicasdaglomeruloesclerosesegmentarefocalprimariacasuisticaeevolucaoclinica |
_version_ |
1725470420696563712 |