Início precoce em comparação ao início tardio da terapia de substituição renal para lesão renal aguda: revisão sistemática atualizada, metanálise, metarregressão e análise sequencial de ensaios clínicos randomizados e controlados

RESUMO Objetivo: Avaliar se, em comparação ao início tardio, o início precoce da terapia de substituição renal se associa com menor mortalidade em pacientes com lesão renal aguda. Métodos: Conduzimos uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados e controlados, que comparara...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Fabio Tanzillo Moreira, Henrique Palomba, Renato Carneiro de Freitas Chaves, Catherine Bouman, Marcus Josephus Schultz, Ary Serpa Neto
Format: Article
Language:English
Published: Associação de Medicina Intensiva Brasileira
Series:Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000300376&lng=en&tlng=en
id doaj-d5ba56c650bf4f20bbdca5bf4fc4f964
record_format Article
spelling doaj-d5ba56c650bf4f20bbdca5bf4fc4f9642020-11-24T21:17:06ZengAssociação de Medicina Intensiva BrasileiraRevista Brasileira de Terapia Intensiva 1982-433530337638410.5935/0103-507x.20180054S0103-507X2018000300376Início precoce em comparação ao início tardio da terapia de substituição renal para lesão renal aguda: revisão sistemática atualizada, metanálise, metarregressão e análise sequencial de ensaios clínicos randomizados e controladosFabio Tanzillo MoreiraHenrique PalombaRenato Carneiro de Freitas ChavesCatherine BoumanMarcus Josephus SchultzAry Serpa NetoRESUMO Objetivo: Avaliar se, em comparação ao início tardio, o início precoce da terapia de substituição renal se associa com menor mortalidade em pacientes com lesão renal aguda. Métodos: Conduzimos uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados e controlados, que compararam terapia de substituição renal com início precoce àquela com início tardio em pacientes com lesão renal aguda, sem sintomas relacionados à insuficiência renal aguda que oferecessem risco à vida, como sobrecarga hídrica ou distúrbios metabólicos. Dois investigadores extraíram os dados a partir de estudos selecionados. Utilizaram-se a ferramenta Cochrane Risk of Bias, para avaliar a qualidade dos estudos, e a abordagem Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE), para testar a qualidade geral da evidência. Resultados: Incluíram-se seis estudos clínicos randomizados e controlados (1.292 pacientes). Não houve diferença estatisticamente significante entre o início precoce e tardio da terapia de substituição renal, no que se referiu ao desfecho primário (OR 0,82; IC95% 0,48 - 1,42; p = 0,488). Foi maior o risco de infecção da corrente sanguínea relacionada ao cateter quando a terapia de substituição renal foi iniciada precocemente (OR 1,77; IC95% 1,01 - 3,11; p = 0,047). A qualidade da evidência gerada por nossa metanálise para o desfecho primário foi considerada baixa, em razão do risco de viés dos estudos incluídos e da heterogeneidade entre eles. Conclusão: O início precoce da terapia de substituição renal não se associou com melhora da sobrevivência. Entretanto, a qualidade da evidência atual é baixa, e os critérios utilizados para início precoce e tardio da terapia de substituição renal foram demasiadamente heterogêneos entre os estudos.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000300376&lng=en&tlng=enLesão renal agudaEstado terminalTerapia de substituição renalEnsaio clínico controlado aleatórioRevisão sistemáticaMetanálise
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Fabio Tanzillo Moreira
Henrique Palomba
Renato Carneiro de Freitas Chaves
Catherine Bouman
Marcus Josephus Schultz
Ary Serpa Neto
spellingShingle Fabio Tanzillo Moreira
Henrique Palomba
Renato Carneiro de Freitas Chaves
Catherine Bouman
Marcus Josephus Schultz
Ary Serpa Neto
Início precoce em comparação ao início tardio da terapia de substituição renal para lesão renal aguda: revisão sistemática atualizada, metanálise, metarregressão e análise sequencial de ensaios clínicos randomizados e controlados
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Lesão renal aguda
Estado terminal
Terapia de substituição renal
Ensaio clínico controlado aleatório
Revisão sistemática
Metanálise
author_facet Fabio Tanzillo Moreira
Henrique Palomba
Renato Carneiro de Freitas Chaves
Catherine Bouman
Marcus Josephus Schultz
Ary Serpa Neto
author_sort Fabio Tanzillo Moreira
title Início precoce em comparação ao início tardio da terapia de substituição renal para lesão renal aguda: revisão sistemática atualizada, metanálise, metarregressão e análise sequencial de ensaios clínicos randomizados e controlados
title_short Início precoce em comparação ao início tardio da terapia de substituição renal para lesão renal aguda: revisão sistemática atualizada, metanálise, metarregressão e análise sequencial de ensaios clínicos randomizados e controlados
title_full Início precoce em comparação ao início tardio da terapia de substituição renal para lesão renal aguda: revisão sistemática atualizada, metanálise, metarregressão e análise sequencial de ensaios clínicos randomizados e controlados
title_fullStr Início precoce em comparação ao início tardio da terapia de substituição renal para lesão renal aguda: revisão sistemática atualizada, metanálise, metarregressão e análise sequencial de ensaios clínicos randomizados e controlados
title_full_unstemmed Início precoce em comparação ao início tardio da terapia de substituição renal para lesão renal aguda: revisão sistemática atualizada, metanálise, metarregressão e análise sequencial de ensaios clínicos randomizados e controlados
title_sort início precoce em comparação ao início tardio da terapia de substituição renal para lesão renal aguda: revisão sistemática atualizada, metanálise, metarregressão e análise sequencial de ensaios clínicos randomizados e controlados
publisher Associação de Medicina Intensiva Brasileira
series Revista Brasileira de Terapia Intensiva
issn 1982-4335
description RESUMO Objetivo: Avaliar se, em comparação ao início tardio, o início precoce da terapia de substituição renal se associa com menor mortalidade em pacientes com lesão renal aguda. Métodos: Conduzimos uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados e controlados, que compararam terapia de substituição renal com início precoce àquela com início tardio em pacientes com lesão renal aguda, sem sintomas relacionados à insuficiência renal aguda que oferecessem risco à vida, como sobrecarga hídrica ou distúrbios metabólicos. Dois investigadores extraíram os dados a partir de estudos selecionados. Utilizaram-se a ferramenta Cochrane Risk of Bias, para avaliar a qualidade dos estudos, e a abordagem Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE), para testar a qualidade geral da evidência. Resultados: Incluíram-se seis estudos clínicos randomizados e controlados (1.292 pacientes). Não houve diferença estatisticamente significante entre o início precoce e tardio da terapia de substituição renal, no que se referiu ao desfecho primário (OR 0,82; IC95% 0,48 - 1,42; p = 0,488). Foi maior o risco de infecção da corrente sanguínea relacionada ao cateter quando a terapia de substituição renal foi iniciada precocemente (OR 1,77; IC95% 1,01 - 3,11; p = 0,047). A qualidade da evidência gerada por nossa metanálise para o desfecho primário foi considerada baixa, em razão do risco de viés dos estudos incluídos e da heterogeneidade entre eles. Conclusão: O início precoce da terapia de substituição renal não se associou com melhora da sobrevivência. Entretanto, a qualidade da evidência atual é baixa, e os critérios utilizados para início precoce e tardio da terapia de substituição renal foram demasiadamente heterogêneos entre os estudos.
topic Lesão renal aguda
Estado terminal
Terapia de substituição renal
Ensaio clínico controlado aleatório
Revisão sistemática
Metanálise
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000300376&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT fabiotanzillomoreira inicioprecoceemcomparacaoaoiniciotardiodaterapiadesubstituicaorenalparalesaorenalagudarevisaosistematicaatualizadametanalisemetarregressaoeanalisesequencialdeensaiosclinicosrandomizadosecontrolados
AT henriquepalomba inicioprecoceemcomparacaoaoiniciotardiodaterapiadesubstituicaorenalparalesaorenalagudarevisaosistematicaatualizadametanalisemetarregressaoeanalisesequencialdeensaiosclinicosrandomizadosecontrolados
AT renatocarneirodefreitaschaves inicioprecoceemcomparacaoaoiniciotardiodaterapiadesubstituicaorenalparalesaorenalagudarevisaosistematicaatualizadametanalisemetarregressaoeanalisesequencialdeensaiosclinicosrandomizadosecontrolados
AT catherinebouman inicioprecoceemcomparacaoaoiniciotardiodaterapiadesubstituicaorenalparalesaorenalagudarevisaosistematicaatualizadametanalisemetarregressaoeanalisesequencialdeensaiosclinicosrandomizadosecontrolados
AT marcusjosephusschultz inicioprecoceemcomparacaoaoiniciotardiodaterapiadesubstituicaorenalparalesaorenalagudarevisaosistematicaatualizadametanalisemetarregressaoeanalisesequencialdeensaiosclinicosrandomizadosecontrolados
AT aryserpaneto inicioprecoceemcomparacaoaoiniciotardiodaterapiadesubstituicaorenalparalesaorenalagudarevisaosistematicaatualizadametanalisemetarregressaoeanalisesequencialdeensaiosclinicosrandomizadosecontrolados
_version_ 1726014305387675648