PERCEPÇÕES ACERCA DA IMPORTÂNCIA DAS VACINAS E DA RECUSA VACINAL NUMA ESCOLA DE MEDICINA

RESUMO Objetivo: Identificar a percepção da importância das vacinas e os riscos da recusa vacinal entre alunos de Medicina e médicos. Métodos: Estudo transversal realizado por meio da aplicação de questionários sobre vacinas, recusa vacinal e suas repercussões acerca da saúde pública e individua...

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Bibliographic Details
Main Authors: Amanda Hayashida Mizuta, Guilherme de Menezes Succi, Victor Angelo Martins Montalli, Regina Célia de Menezes Succi
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade de Pediatria de São Paulo 2018-08-01
Series:Revista Paulista de Pediatria
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822018005009103&lng=en&tlng=en
Description
Summary:RESUMO Objetivo: Identificar a percepção da importância das vacinas e os riscos da recusa vacinal entre alunos de Medicina e médicos. Métodos: Estudo transversal realizado por meio da aplicação de questionários sobre vacinas, recusa vacinal e suas repercussões acerca da saúde pública e individual. A amostra, de 92 sujeitos, foi selecionada numa escola privada de Medicina: grupo 1 (53 estudantes do primeiro ao quarto ano) e grupo 2 (39 médicos). Os dados colhidos foram tabulados no programa Microsoft Excel e analisados estatisticamente com o teste exato de Fisher. Resultados: Os dois grupos consideram o Programa Nacional de Imunizações confiável e reconhecem a importância das vacinas, mas 64,2% dos estudantes e 38,5% dos médicos desconhecem o número de doenças infecciosas evitáveis pelas vacinas no calendário básico. A maioria dos entrevistados possuía carteira de vacinas, mas nem todos receberam vacina influenza 2015. Conheciam pessoas que recusavam vacinas e/ou recusavam vacinar seus filhos (respectivamente, 54,7 e 43,3% dos estudantes e 59,0 e 41,0% dos médicos). Dos médicos, 48,7% já atenderam pacientes que se recusaram a receber vacinas. Consideram causas de recusa vacinal: medo de eventos adversos, razões filosóficas, religiosas e desconhecimento sobre gravidade e frequência das doenças. Aspectos éticos da recusa vacinal e possibilidades legais de exigir vacinas para crianças não são consenso. Conclusões: Alunos de Medicina e médicos não se vacinam adequadamente, apresentam dúvidas sobre calendário vacinal, segurança das vacinas e recusa vacinal. Melhorar sua capacitação é importante estratégia para manter as coberturas vacinais e abordar a recusa vacinal de forma ética.
ISSN:1984-0462