Saúde em retrospectiva e prospectivas
Nesse ano que ora está findando, a Saúde mundial enfrentou inúmeros desafios. Houve desastres sísmicos, furacões, vulcões em erupção, ataques terroristas, guerras e, como consequência, refugiados em situação de risco em vários países(1). (Re)emergiram doenças que poderiam estar controladas(2,3), com...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de Fortaleza
2017-12-01
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Series: | Revista Brasileira em Promoção da Saúde |
Online Access: | http://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/7305 |
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2017-12-01 |
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Nesse ano que ora está findando, a Saúde mundial enfrentou inúmeros desafios. Houve desastres sísmicos, furacões, vulcões em erupção, ataques terroristas, guerras e, como consequência, refugiados em situação de risco em vários países(1). (Re)emergiram doenças que poderiam estar controladas(2,3), como tuberculose, sífilis, AIDS, hipertensão, diabetes, hepatites, ebola, cólera, desnutrição grave, dengue, zica, entre outras. Além disso, surgiram síndromes e doenças que desafiam diagnósticos(3) enquanto diversos hospitais públicos agonizavam em diversos pontos do Brasil(4).
Por outro lado, verificaram-se relatos de êxitos sucessivos no controle, tratamentos, desenvolvimento de vacinas, cirurgias e aparatos para erradicação de doenças, como a poliomielite nas Américas, que alegram e motivam a Saúde em todo o planeta(5). Nunca houve, como atualmente, tanta veiculação de ajuda humanitária e de solidariedade em notícias televisivas e nas redes sociais. Nobres trabalhadores da Saúde empenhados em, mais do que salvar vidas, resgatar refugiados, trazer esperança e alento a quem sofreu grandes perdas materiais e familiares(6). Se as redes sociais e a globalização expõem o fragilizado, também são capazes de encabeçar campanhas e salvarem, seja um bebê que precisa de um medicamento (Spiraza®) não disponível no Brasil e que custa um milhão de reais para seu tratamento contra a Atrofia Muscular Espinhal (AME)(7), sejam milhares de refugiados que deixam seus países em botes praticamente suicidas resgatados pelo Mar Mediterrâneo(8). A Revista Brasileira em Promoção da Saúde (RBPS) acredita no desenvolvimento da Promoção da Saúde pelo mundo, e se emociona com cada pequena ou grande boa notícia de auxílio ou ajuda a quem está precisando.
Nesse ano, estimou-se mais de 500 milhões de pessoas vivendo em área de risco para zica, dengue e chicungunha em dados de março para as Américas(9). Em estados do Nordeste do Brasil, bebês com microcefalia, vitimados pelo terrível vírus zica, lutam bravamente por reabilitação e tratamento, enquanto a Saúde corre atrás de diagnóstico, prevenção, monitoramento e tratamento. Nesse ínterim, o mosquito transmissor continua causando problemas e permanece em latência aguardando o período chuvoso, cabendo ainda divulgar para as gestantes e a população em geral como podem se proteger das picadas do mosquito, bem como do crescimento e reprodução exagerados(10).
Basta um breve olhar em notícias da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OPS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, para a apreensão de um dos maiores desafios do ano: o enfrentamento à depressão(11). Infelizmente, houve aumento no índice de suicídios entre jovens e adolescentes, mas, em toda a parte e nas redes sociais, muito se veicula sobre a prevenção da depressão. Não apenas no Brasil, mas também nas Américas e demais países, campanhas se alastram em prol do bem-estar do paciente e de como a família pode ajudar. A ajuda tem nome e sobrenome. Com uma simples pergunta veiculada nas redes sociais da OPS-Paho: “Como você pode ajudar alguém com depressão?”, seguida por frases de efeito instruindo a como proceder. Estima-se auxílio e ajuda semeada em todos os lugares(12). Por meio do esporte, da música, da prática de meditação, de grupos de jovens que, pela religiosidade e espiritualidade, tudo e todos auxiliam, o enfrentamento do paciente depressivo à falta de alegria e da vontade de estar vivo, sendo lenta e gradualmente substituído pelo retorno ao normal. A Saúde, então, se beneficia das boas notícias, da rede de apoio e de alternativos substitutos para medicalização e tratamentos invasivos, trazendo à tona métodos que poderão beneficiar outras tantas pessoas.
Por meio do saber científico divulgado em seus artigos, a RBPS auxiliou na Promoção da Saúde por meio do básico, como a alimentação. Veiculou nesse ano estudos sobre consumo alimentar e sua relação com doenças infecciosas(13); como fator de risco para câncer de intestino(14); e ainda a diferença entre homens e mulheres(15), ficando o alerta do perigo da ingesta exagerada de doces, alimentos processados, gordurosos e lanches não saudáveis para a saúde populacional.
A promoção de saúde fundamenta-se em realizar atividades de modificação dos hábitos e costumes humanos, e a educação em saúde representa uma aliada fundamental nesse percurso, sendo vista na RBPS, por exemplo, sua importância com residentes de lares de adoção na cidade de Santiago, Rio Grande do Sul(16), ou sua atuação através da saúde bucal(17).
Para gestantes, recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, a RBPS semeou atenção à saúde em suas páginas também neste ano, seja por meio das revisões de literatura, seja pelos dados epidemiológicos e relatos de experiência aqui divulgados. O ano foi profícuo e rico em informações de promoção à saúde a todas as faixas etárias. Não deixou passar esquecido o bem-estar de surdos, homens pós-infarto, hipertensos, diabéticos, pacientes internados em UTIs, internos de abrigos, cuidadores ou moradores de todas as regiões brasileiras e de outros países, de comunidades quilombolas ou de Cabo Verde. A RBPS apresenta resultados de estudos relevantes e eficientes, contribuindo para o papel de efetivar a promoção de saúde em suas páginas, trazendo discussões embriagantes sobre essa temática aos leitores de todas as áreas da saúde e afins.
Finalmente, a RBPS continuará focada em contribuir positivamente para o fortalecimento da promoção da saúde coletiva e individual, ao publicar o produto advindo de representantes das mais diversas áreas da saúde, onde uns aprendem e apreendem com os outros, repercutindo no crescimento tanto da sua própria área quanto da saúde em geral. |
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Por outro lado, verificaram-se relatos de êxitos sucessivos no controle, tratamentos, desenvolvimento de vacinas, cirurgias e aparatos para erradicação de doenças, como a poliomielite nas Américas, que alegram e motivam a Saúde em todo o planeta(5). Nunca houve, como atualmente, tanta veiculação de ajuda humanitária e de solidariedade em notícias televisivas e nas redes sociais. Nobres trabalhadores da Saúde empenhados em, mais do que salvar vidas, resgatar refugiados, trazer esperança e alento a quem sofreu grandes perdas materiais e familiares(6). Se as redes sociais e a globalização expõem o fragilizado, também são capazes de encabeçar campanhas e salvarem, seja um bebê que precisa de um medicamento (Spiraza®) não disponível no Brasil e que custa um milhão de reais para seu tratamento contra a Atrofia Muscular Espinhal (AME)(7), sejam milhares de refugiados que deixam seus países em botes praticamente suicidas resgatados pelo Mar Mediterrâneo(8). A Revista Brasileira em Promoção da Saúde (RBPS) acredita no desenvolvimento da Promoção da Saúde pelo mundo, e se emociona com cada pequena ou grande boa notícia de auxílio ou ajuda a quem está precisando. Nesse ano, estimou-se mais de 500 milhões de pessoas vivendo em área de risco para zica, dengue e chicungunha em dados de março para as Américas(9). Em estados do Nordeste do Brasil, bebês com microcefalia, vitimados pelo terrível vírus zica, lutam bravamente por reabilitação e tratamento, enquanto a Saúde corre atrás de diagnóstico, prevenção, monitoramento e tratamento. Nesse ínterim, o mosquito transmissor continua causando problemas e permanece em latência aguardando o período chuvoso, cabendo ainda divulgar para as gestantes e a população em geral como podem se proteger das picadas do mosquito, bem como do crescimento e reprodução exagerados(10). Basta um breve olhar em notícias da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OPS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, para a apreensão de um dos maiores desafios do ano: o enfrentamento à depressão(11). Infelizmente, houve aumento no índice de suicídios entre jovens e adolescentes, mas, em toda a parte e nas redes sociais, muito se veicula sobre a prevenção da depressão. Não apenas no Brasil, mas também nas Américas e demais países, campanhas se alastram em prol do bem-estar do paciente e de como a família pode ajudar. A ajuda tem nome e sobrenome. Com uma simples pergunta veiculada nas redes sociais da OPS-Paho: “Como você pode ajudar alguém com depressão?”, seguida por frases de efeito instruindo a como proceder. Estima-se auxílio e ajuda semeada em todos os lugares(12). Por meio do esporte, da música, da prática de meditação, de grupos de jovens que, pela religiosidade e espiritualidade, tudo e todos auxiliam, o enfrentamento do paciente depressivo à falta de alegria e da vontade de estar vivo, sendo lenta e gradualmente substituído pelo retorno ao normal. A Saúde, então, se beneficia das boas notícias, da rede de apoio e de alternativos substitutos para medicalização e tratamentos invasivos, trazendo à tona métodos que poderão beneficiar outras tantas pessoas. Por meio do saber científico divulgado em seus artigos, a RBPS auxiliou na Promoção da Saúde por meio do básico, como a alimentação. Veiculou nesse ano estudos sobre consumo alimentar e sua relação com doenças infecciosas(13); como fator de risco para câncer de intestino(14); e ainda a diferença entre homens e mulheres(15), ficando o alerta do perigo da ingesta exagerada de doces, alimentos processados, gordurosos e lanches não saudáveis para a saúde populacional. A promoção de saúde fundamenta-se em realizar atividades de modificação dos hábitos e costumes humanos, e a educação em saúde representa uma aliada fundamental nesse percurso, sendo vista na RBPS, por exemplo, sua importância com residentes de lares de adoção na cidade de Santiago, Rio Grande do Sul(16), ou sua atuação através da saúde bucal(17). Para gestantes, recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, a RBPS semeou atenção à saúde em suas páginas também neste ano, seja por meio das revisões de literatura, seja pelos dados epidemiológicos e relatos de experiência aqui divulgados. O ano foi profícuo e rico em informações de promoção à saúde a todas as faixas etárias. Não deixou passar esquecido o bem-estar de surdos, homens pós-infarto, hipertensos, diabéticos, pacientes internados em UTIs, internos de abrigos, cuidadores ou moradores de todas as regiões brasileiras e de outros países, de comunidades quilombolas ou de Cabo Verde. A RBPS apresenta resultados de estudos relevantes e eficientes, contribuindo para o papel de efetivar a promoção de saúde em suas páginas, trazendo discussões embriagantes sobre essa temática aos leitores de todas as áreas da saúde e afins. Finalmente, a RBPS continuará focada em contribuir positivamente para o fortalecimento da promoção da saúde coletiva e individual, ao publicar o produto advindo de representantes das mais diversas áreas da saúde, onde uns aprendem e apreendem com os outros, repercutindo no crescimento tanto da sua própria área quanto da saúde em geral.http://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/7305 |