Derivação ventriculoperitoneal com válvula no tratamento da hidrocefalia do lactente
As derivações ventriculovenosas, se bem que tenham propiciado grande progresso no tratamento da hidrocefalia, não podem ser consideradas como solução definitiva do problema. Entre os vários inconvenientes que surgiram com estas técnicas, o embolismo e a fibrose pulmonares avultam entre os mais sério...
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Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)
1969-12-01
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Series: | Arquivos de Neuro-Psiquiatria |
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doaj-da8cabeee7b64ca5b8372d4352fae1162020-11-25T00:29:54ZengAcademia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)Arquivos de Neuro-Psiquiatria1678-42271969-12-0127430831110.1590/S0004-282X1969000400007S0004-282X1969000400007Derivação ventriculoperitoneal com válvula no tratamento da hidrocefalia do lactenteGilberto Machado de Almeida0Walter C. Pereira1Universidade de São PauloUniversidade de São PauloAs derivações ventriculovenosas, se bem que tenham propiciado grande progresso no tratamento da hidrocefalia, não podem ser consideradas como solução definitiva do problema. Entre os vários inconvenientes que surgiram com estas técnicas, o embolismo e a fibrose pulmonares avultam entre os mais sérios, sendo suas conseqüências tardias ainda desconhecidas. Julgamos, portanto, justificada a busca de novas técnicas cirúrgicas ou o aprimoramento de outras já conhecidas. De dezembro de 1965 a março de 1969 empregamos a derivação ventriculoperitoneal com válvula em 110 doentes, 79 dos quais eram crianças com hidrocefalia. Nossos resultados permitiram verificar que, do ponto de vista mecânico, as derivações para a corrente sangüínea e para o peritônio funcionam de maneira semelhante, não sendo necessárias revisões freqüentes, como ocorria quando eram feitas drenagens para o peritônio sem válvula. Por outro lado, com as derivações ventriculoperitoneais evitamos a microembolia pulmonar; além disso as infecções no sistema de drenagem provocam quadro menos grave e de mais fácil solução que o observado nas ventrículo -atriostomias.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1969000400007&lng=en&tlng=en |
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As derivações ventriculovenosas, se bem que tenham propiciado grande progresso no tratamento da hidrocefalia, não podem ser consideradas como solução definitiva do problema. Entre os vários inconvenientes que surgiram com estas técnicas, o embolismo e a fibrose pulmonares avultam entre os mais sérios, sendo suas conseqüências tardias ainda desconhecidas. Julgamos, portanto, justificada a busca de novas técnicas cirúrgicas ou o aprimoramento de outras já conhecidas. De dezembro de 1965 a março de 1969 empregamos a derivação ventriculoperitoneal com válvula em 110 doentes, 79 dos quais eram crianças com hidrocefalia. Nossos resultados permitiram verificar que, do ponto de vista mecânico, as derivações para a corrente sangüínea e para o peritônio funcionam de maneira semelhante, não sendo necessárias revisões freqüentes, como ocorria quando eram feitas drenagens para o peritônio sem válvula. Por outro lado, com as derivações ventriculoperitoneais evitamos a microembolia pulmonar; além disso as infecções no sistema de drenagem provocam quadro menos grave e de mais fácil solução que o observado nas ventrículo -atriostomias. |
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