Implante de stent eluído com batimastat para o tratamento da doença arterial coronariana: resultados do estudo piloto brasileiro Batimastat-eluting stent implantation for the treatment of coronary artery disease: results of the Brazilian pilot study

OBJETIVO: Os excelentes resultados obtidos com os stents eluídos com sirolimus (rapamicina) na prevenção da reestenose motivaram a avaliação de outras substâncias que também apresentassem esta propriedade. O batimastat é um bloqueador de alta eficácia da enzima metaloproteinase, com potencial para r...

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Bibliographic Details
Main Authors: Cristiana Marques de Araujo, Gustavo Adolfo B. Rando, Maria Fernanda Z. Mauro, Salvador A. B. Cristóvão, Isaac S. Moscoso Sanchez, Adnan Ali Salman, João B. de Oliveira Neto, José Armando Mangione
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) 2005-03-01
Series:Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005000300012
Description
Summary:OBJETIVO: Os excelentes resultados obtidos com os stents eluídos com sirolimus (rapamicina) na prevenção da reestenose motivaram a avaliação de outras substâncias que também apresentassem esta propriedade. O batimastat é um bloqueador de alta eficácia da enzima metaloproteinase, com potencial para reduzir a degradação da matriz extracelular e inibir a migração das células musculares lisas, com conseqüente capacidade de controlar a reestenose coronariana. MÉTODOS: De outubro/2001 a abril/2002, foram selecionados prospectivamente, 34 pacientes com lesões "de novo", em artéria coronária nativa, >50% e < 100%, passíveis de tratamento com stents de 3 a 4 mm de diâmetro e de 18 mm de comprimento. O desfecho primário do estudo foi verificar a ocorrência de eventos cardiovasculares maiores (morte de origem cardíaca, infarto agudo do miocárdio e necessidade de revascularização do vaso alvo) aos 30 dias e aos 4 meses e o secundário avaliar a taxa de reestenose coronariana após 4 meses do implante e de trombose subaguda aos 30 dias. RESULTADOS: A taxa de sucesso do procedimento foi de 97,1%. O desfecho primário ocorreu em 2,9% e 27,2% dos pacientes aos 30 dias e aos 4 meses respectivamente. A taxa de reestenose binária ao estudo angiográfico foi de 39,3%. Não houve episódio de trombose subaguda. A análise comparativa entre os grupos que apresentaram ou não reestenose não mostrou diferenças significativas entre ambos, exceto na perda luminal tardia, maior no G-I. CONCLUSÃO: Os stents eluídos com batimastat apresentaram bom perfil de segurança, entretanto, não se mostraram efetivos no controle da reestenose coronariana.<br>OBJECTIVE: The excellent results obtained with sirolimus (rapamicin)-eluting stents for preventing restenosis have motivated the evaluation of other substances with that property. Batimastat is a highly effective metalloproteinase enzyme blocker, with the potential to reduce the degradation of extracellular matrix and to inhibit the migration of smooth muscle cells, with the consequent capacity to control coronary restenosis. METHODS: From October 2001 to April 2002, 34 patients were prospectively selected with de novo lesions in a native coronary artery >50% and < 100%, which could be treated with stents of 3 to 4 mm in diameter and 18 mm in length. The primary outcome of the study was to assess the occurrence of major cardiovascular events (death of cardiac origin, acute myocardial infarction, and the need for revascularizing the target vessel) by the 30th day and fourth month; the secondary outcome of the study was to assess the rate of coronary restenosis 4 months after implantation and subacute thrombosis by the 30th day. RESULTS: The success rate of the procedure was 97.1%. The primary outcome occurred in 2.9% and 27.2% of the patients by the 30th day and fourth month, respectively. The binary restenosis rate on angiography was 39.3%. No episode of subacute thrombosis occurred. The comparative analysis between groups with and without restenosis showed no significant difference between both, except for late luminal loss, which was greater in G-I. CONCLUSION: Batimastat-eluting stents had a good safety profile; however, they were not effective in controlling coronary restenosis.
ISSN:0066-782X
1678-4170