A violência negligenciada

A violência intrafamiliar sempre se apresentou como um problema, que, apesar de constante na sociedade, permanece protegido pela intimidade da família. Com o intuito de combater tal prática, legislações específicas foram criadas, levando até aos profissionais da saúde a responsabilidade pela comunic...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Cléa Adas Saliba Garbin, Ana Paula Castilho Garcia Seraphim
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2015-04-01
Series:Revista Espaço Acadêmico
Subjects:
Online Access:http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/25058
Description
Summary:A violência intrafamiliar sempre se apresentou como um problema, que, apesar de constante na sociedade, permanece protegido pela intimidade da família. Com o intuito de combater tal prática, legislações específicas foram criadas, levando até aos profissionais da saúde a responsabilidade pela comunicação de casos confirmados e suspeitos de violência intrafamiliar. Entretanto, o problema esbarra no despreparo do profissional da saúde em reconhecer e saber como atuar. O presente estudo objetiva analisar o registro dos prontuários de uma Unidade Básica de Saúde de um município de pequeno porte do interior do Estado de São Paulo, no que se refere à violência intrafamiliar. Trata-se de um estudo transversal, em que se verifica a percepção e atuação do profissional por meio de relatos em prontuários.  Dos 13 casos de violência intrafamiliar notificados entre 2011 e 2013, apenas um caso foi realizado pela Unidade de Saúde em questão e anotado no prontuário. Casos de suspeita sequer foram citados. Verificou-se por meio da presente pesquisa o desconhecimento do profissional da saúde quanto ao enfrentamento do problema no que se refere à identificação e notificação dos casos, bem como a total indiferença com relação ao registro no prontuário, evidenciando a necessidade de capacitações e formação adequadas.
ISSN:1519-6186