Summary: | O contexto tecnológico pós-digital recompõe as dinâmicas de confluência entre o político e o artístico. As ousadias experimentais baseadas no dispositivo informacional, os processos reticulares colaborativos e a automação generativa são aspectos que assumem proeminência em algumas práticas ativistas na arte, design e arquitetura. No entanto, os paradoxos persistem acerca da possibilidade de intermediação entre duas perspectivas: a da heteronomia funcional das artes aplicadas e a da autonomia do regime estético da arte contemporânea. Neste artigo, revisaremos o debate a respeito da carga crítica e insurgente encontrada em abordagens tecnológicas de duplo sentido, que ora partem da estética para o utilitário, ora se movem em direção inversa. Faremos referência a projetos de arte ativismo hacker e de design e arquitetura especulativa. Como proposta final de articulação entre essas vertentes, apresentaremos o conceito de in-utensílio crítico.
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