A fala silenciosa reportada: metáfora, metonímia e mesclagem
Este trabalho investiga os processos cognitivos de mesclagem, extensão metafórica e metonímica (BARCELONA, 2003; FAUCONNIER, 1994, 1997; FAUCONNIER e TURNER, 2002; GOLDBERG, 1995; LAKOFF e JOHNSON, 1999, 1980; LAKOFF e TURNER, 1989; SALOMÃO, 2003, 1999, 1997) subjacentes a certas construções de pseu...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2015-05-01
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Series: | Revista Linguística |
Online Access: | https://revistas.ufrj.br/index.php/rl/article/view/4380 |
Summary: | Este trabalho investiga os processos cognitivos de mesclagem, extensão metafórica e metonímica (BARCELONA, 2003; FAUCONNIER, 1994, 1997; FAUCONNIER e TURNER, 2002; GOLDBERG, 1995; LAKOFF e JOHNSON, 1999, 1980; LAKOFF e TURNER, 1989; SALOMÃO, 2003, 1999, 1997) subjacentes a certas construções de pseudoautocitação. Os dados provenientes de <em>corpus</em> videografado sinalizaram certa produtividade desse recurso <em>dicendi</em>, comum à reportação de "discursos" próprios que não foram verbalizados na cena original, mas apenas pensados. A partir de construções como "Aí eu falei (pensei): Coitado!", constatou-se a existência da metáfora PENSAMENTO É FALA e da metonímia FALAR POR PENSAR, o que revela como o falante concebe rotineiramente as relações entre linguagem e pensamento. Postula-se também que as razões cognitivas e interacionais para se optar por construções desse tipo relacionam-se a interdições de caráter pragmático que inibem a expressão do pensamento na cena original. Além disso, as expressões dêiticas, por vezes, fornecem pistas para o ouvinte da pseudoautocitação estabelecer a interpretação adequada. |
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ISSN: | 1808-835X 2238-975X |