Summary: | Este artigo tem como objetivo identificar as representações simbólicas do bullying atribuído às crianças e adolescentes que apresentam a obesidade. Através de estudos socioantropológicos, é possível interpretar dados que sugerem o processo de criação do estigma por meio de sinais de depreciação, humilhação e preconceito no
âmbito escolar a partir do excesso de gordura no corpo. Dessa maneira, é importante refletir sobre como os atores se situam nesta trama social e quais são as possíveis repercussões perante o aluno vítima, assim como o aluno agressor. O aluno inferiorizado tem sua identidade construída intersubjetivamente como estigmatizada. Concluímos que o preconceito atribuído às crianças com obesidade infantil é fundado em construções sociais e culturais em torno de padrões de beleza e da patologização do corpo. Cabe aos educadores e profissionais de saúde construir não formas de normatizar o corpo saudável, mas de intervir de forma ética e responsável nessas situações.
|