Summary: | Pesquisas sobre sexting vêm abordando quantitativamente aspectos da individualidade dos adolescentes, desconsiderando suas percepções. Portanto, o objetivo dessa pesquisa qualitativa e descritiva foi conhecer a percepção de adolescentes sobre o sexting e sobre o papel das relações familiares no fenômeno. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis adolescentes entre 14 e 17 anos de uma escola da região metropolitana de Porto Alegre, com ou sem envolvimento em sexting. A partir da análise de conteúdo, os resultados mostraram que o fenômeno foi descrito como comum e não negativo. Entretanto, os participantes o descreveram como problemático caso ocorra o compartilhamento não autorizado. O exemplo dos pais e o diálogo na família foram percebidos como influenciadores de sexting ativo. Sugere-se que educadores, pais e terapeutas não o qualifiquem pejorativamente. Também que ampliem a comunicação sobre sexualidade para além do caráter informativo, bem como a discussão dos riscos de exposição que o compartilhamento não autorizado do sexting acarreta.
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