Intoxicações por agrotóxicos no estado do Tocantins: 2010–2014

Introdução: O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, que é um sério problema de saúde pública pela exposição da população e do ambiente a estes produtos. Objetivo: Caracterizar as intoxicações por agrotóxicos no Tocantins no período 2010–2014. Método: Estudo descritivo e exploratório,...

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Bibliographic Details
Main Authors: Sérgio Luís de Oliveira Silva, Ediná Alves Costa
Format: Article
Language:English
Published: Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) 2018-11-01
Series:Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia
Subjects:
Online Access:https://157.86.10.37/index.php/visaemdebate/article/view/1188
Description
Summary:Introdução: O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, que é um sério problema de saúde pública pela exposição da população e do ambiente a estes produtos. Objetivo: Caracterizar as intoxicações por agrotóxicos no Tocantins no período 2010–2014. Método: Estudo descritivo e exploratório, tendo como fonte de dados secundários o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), utilizando-se variáveis selecionadas. Resultados: No total das intoxicações exógenas, o sexo feminino é o mais afetado e nas intoxicações, já por agrotóxicos, é o masculino, principalmente a categoria ocupacional dos “trabalhadores da agropecuária diversos”. As faixas etárias mais atingidas por agrotóxico de uso agrícola são: 20–29 anos e 30–39 anos. Os agentes tóxicos mais referidos foram os inseticidas (29,28%) e os herbicidas (27,07%). As atividades mais frequentes foram a pulverização (29,28%) e a diluição (15,47%); e as principais vias de exposição/contaminação foram a digestiva e a respiratória. Quanto à exposição/contaminação, as mais presentes foram a acidental (49,17%), a tentativa de suicídio (32,60%) e a ambiental (14,64%). Conclusões: Os dados revelam uma situação preocupante que demanda atenção dos gestores no enfrentamento deste problema de saúde pública. Esse cenário é desafiador especialmente no componente assistencial, nas vigilâncias sanitárias, epidemiológica e em saúde ambiental e do trabalhador.
ISSN:2317-269X