A interface entre Saúde Mental e Vulnerabilidade Social

Esta pesquisa objetivou conhecer o entendimento dos profissionais da Atenção Primária a Saúde, de uma unidade de saúde num município do interior de SC, sobre a interface entre Saúde Mental e Vulnerabilidade Social. O projeto de pesquisa foi apreciado pelo CEP/UNIPLAC, com parecer aprovado nº 721.689...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Carolina Francielle Tonin, Tatiane Muniz Barbosa
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Brasília 2018-04-01
Series:Tempus Actas de Saúde Coletiva
Subjects:
Online Access:http://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/2281
Description
Summary:Esta pesquisa objetivou conhecer o entendimento dos profissionais da Atenção Primária a Saúde, de uma unidade de saúde num município do interior de SC, sobre a interface entre Saúde Mental e Vulnerabilidade Social. O projeto de pesquisa foi apreciado pelo CEP/UNIPLAC, com parecer aprovado nº 721.689. A coleta de dados aconteceu por meio de entrevista semiestruturada, com aplicação do TCLE, com dez profissionais de equipes de ESF e NASF. Os dados, tratados por meio de análise de conteúdo, indicaram que os profissionais de saúde compreendem a saúde mental integrante da saúde “geral” e acreditam que a falta de educação formal, desconhecimento dos serviços da rede, estresse e desemprego são fatores que influenciam no sofrimento psíquico. Quanto à vulnerabilidade social, relacionaram com a questão econômica e a descreveram como falta de condições de saneamento básico, moradia, escolaridade e autonomia. Os profissionais veem relação entre Saúde Mental e Vulnerabilidade Social, pois, a exposição das pessoas a situações de vulnerabilidade social e risco de sofrimento psíquico não é resultante apenas de aspectos individuais, mas, coletivos. Percebe-se que o cuidado em saúde mental aparece fragmentado; contudo, os profissionais de saúde têm buscado considerar novas estratégias para lidar com esta, bem como em relação à vulnerabilidade social, através de um trabalho multiprofissional, voltado às necessidades das famílias. Ainda é evidente uma prática assistencialista, quando se faz necessário criar condições para que estas famílias se conscientizem e se tornem protagonistas de suas vidas.
ISSN:1982-8829