Direitos Humanos como primado de um sentido holístico de Educação para o Desenvolvimento em contexto de multiculturalidade

A história e as culturas africanas não são conhecidas pelos antigos países colonizadores europeus, nem pelos países que têm uma elevada taxa de afrodescendentes na sua população, devido ao tráfico negreiro, que, no Brasil, terminou com a “Lei Eusébio de Queirós”, de 4 de Fevereiro de 1850. Actualmen...

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Bibliographic Details
Main Author: Filipe Silvino de Pina Zau
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual do Ceará 2021-01-01
Series:Conhecer
Subjects:
Online Access:https://revistas.uece.br/index.php/revistaconhecer/article/view/4649
Description
Summary:A história e as culturas africanas não são conhecidas pelos antigos países colonizadores europeus, nem pelos países que têm uma elevada taxa de afrodescendentes na sua população, devido ao tráfico negreiro, que, no Brasil, terminou com a “Lei Eusébio de Queirós”, de 4 de Fevereiro de 1850. Actualmente, o papel socioeconómico e cultural dos negros no desenvolvimento das antigas sociedades escravocratas, não é relatado nas historiografias oficiais desses países e permanece o discurso da “raça”, como justificação da escravatura e do próprio tráfico de escravos. A globalização fez crescer as desigualdades que existiam entre os países ricos e os países pobres, assim como as desigualdades no interior de cada sociedade, com uma elevada perda de valores necessários ao primado da paz, da democracia, do Estado de direito, da justiça social e dos direitos humanos. As novas gerações terão de ser formadas, no contexto de um sentido amplo de educação para a solidariedade e para o desenvolvimento, que torne possível o progresso económico e o bem-estar social, a partir do respeito ao direito de ser diferente em cada sociedade.
ISSN:2238-0426