Summary: | Pagando por suas alforrias, batizando seus filhos, enterrando seus mortos. Além do trabalhado pesado ainda havia espaço para afetividade, vida sexual, desejos e vontades das mulheres que viviam no sul da capitania. E não faltavam acusações de sodomias, feitiçarias, seduções, bigamias. Este texto é fruto de um projeto de pesquisa em andamento que perscruta mulheres africanas no sul da Bahia e desdobra-se em duas partes de suas vidas no período colonial e imperial, tomando-as não só como objetos de pesquisa, mas dando-lhes a condição de serem narradas como protagonistas apoiadas em vastas e inéditas fontes. Este artigo optou por trazê-las no período colonial. Quanto ao período aludido sobressaiu-se nas fontes dois aspectos: as pecadoras denunciadas estavam relacionadas ou às práticas de feitiçaria ou à vida sexual e afetiva destoante do que preconizava as leis cristãs, sobretudo nos Cadernos do Promotor. As fontes utilizadas foram os Cadernos do Promotor, as Correspondências trocadas entre autoridades e uma memória descritiva sobre ser mulher, ser africana e ser escravizada ou forra em diferentes discursos.
Palavras-chave: Africanas, Cadernos do Promotor, Pecados
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