Síndrome de Dor Regional Complexa: A Experiência de um Serviço de Pediatria

Introdução: O Síndrome de Dor Regional Complexa (SDRC) é um síndrome de dor músculo-esquelética amplificada e caracteriza-se por dor intensa de um membro, desproporcional aos achados físicos e à história clinica. Acompanha-se de sinais de disfunção autonómica. O diagnóstico é clinico e distinguem-s...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Susana Rebelo Pacheco, Eugenia Matos, Clara Abadesso
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Portuguesa de Pediatria 2016-07-01
Series:Portuguese Journal of Pediatrics
Subjects:
Online Access:https://pjp.spp.pt//article/view/7708
Description
Summary:Introdução: O Síndrome de Dor Regional Complexa (SDRC) é um síndrome de dor músculo-esquelética amplificada e caracteriza-se por dor intensa de um membro, desproporcional aos achados físicos e à história clinica. Acompanha-se de sinais de disfunção autonómica. O diagnóstico é clinico e distinguem-se 2 tipos: tipo I, sem lesão neurológica definida, mais frequente em pediatria e tipo II, com lesão neurológica. A fisiopatologia é desconhecida, mas vários mecanismos parecem estar envolvidos. Métodos: Revisão retrospetiva dos processos clínicos de crianças observadas no Departamento de Pediatria com o diagnóstico de SDRC nos anos 2010 a 2014. Resultados: Identificaram-se 7 casos. Todos do sexo feminino, com mediana de idade de 14 anos. Em 57,2% dos casos foi identificado um factor de risco psico-emocional e num caso existiu um desencadeante traumático. Os membros inferiores foram afetados na maioria dos casos e em metade estava presente mais do que um sintoma autonómico. A diminuição da temperatura (33,4%) do membro foi o sintoma mais frequente. Em 85,8% dos casos foi  necessária intervenção por Medicina Física e Reabilitação e um caso necessitou de intervenção cirúrgica. Em metade  ocorreu recidiva da dor. Discussão e Conclusão: O SDRC coloca alguns desafios no seu diagnóstico e tratamento. A abordagem é multidisciplinar, sendo a fisioterapia, terapia ocupacional e psicoterapia os pilares do tratamento.  A evolução é habitualmente favorável.
ISSN:2184-3333