TERRITÓRIO SAGRADO: EXÍLIO, DIÁSPORA E RECONQUISTA KRENAK NO VALE DO RIO DOCE, RESPLENDOR, MG

Os Krenak, remanescentes dos antigos botocudos, passaram por várias investidas governamentais que pretendiam a eliminação ou a civilização dos nativos. As primeiras ações do Estado foram fundamentadas na edição da Carta Régia de 1808, que estabeleceu as Divisões Militares do rio Doce com o intuito d...

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Bibliographic Details
Main Authors: Rogério Costa Reis Costa Reis, Patrícia Falco Genovez
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Goiás 2013-04-01
Series:Boletim Goiano de Geografia
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.ufg.br/index.php/bgg/article/view/23628/13890
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publishDate 2013-04-01
description Os Krenak, remanescentes dos antigos botocudos, passaram por várias investidas governamentais que pretendiam a eliminação ou a civilização dos nativos. As primeiras ações do Estado foram fundamentadas na edição da Carta Régia de 1808, que estabeleceu as Divisões Militares do rio Doce com o intuito de ocupar demograficamente este território e eliminar os botocudos, tidos como um entrave para o crescimento econômico da região. Esta política, iniciada ainda no período colonial e intensificada no Segundo Reinado, não obteve o sucesso pretendido e o vale do rio Doce passou a ter uma ocupação demográfica significativa apósa implantação da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), na década de 1910. Este artigo discute a construção do território Krenak, em Resplendor/MG, no vale do rio Doce, tendo como base os exílios, as diásporas e a reconquista, ocorridos entre 1958 e 1997. Abordaremos, por um lado, a ação efetuada pelo extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e pela Funai com o objetivo desterritorializar os indígenas. Por outro lado, trataremos o mesmo processo na perspectiva dos indígenas, enfocando os vínculos sagrados estabelecidos com oselementos da natureza e sua influência na constituição de um território sagrado para os Krenak.
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