Desigualdades de gênero na mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil Gender inequalities in non communicable disease mortality in Brazil

A carga de doença atribuída às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) está aumentando globalmente, sendo em geral maior em homens. O objetivo deste artigo é descrever os diferenciais por gênero na mortalidade e tendências por DCNT no Brasil. Taxas padronizadas de mortalidade foram calculadas par...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Antony Stevens, Maria Inês Schmidt, Bruce Bartholow Duncan
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva 2012-10-01
Series:Ciência & Saúde Coletiva
Subjects:
Sex
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012001000012
Description
Summary:A carga de doença atribuída às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) está aumentando globalmente, sendo em geral maior em homens. O objetivo deste artigo é descrever os diferenciais por gênero na mortalidade e tendências por DCNT no Brasil. Taxas padronizadas de mortalidade foram calculadas para os anos 1991-2010 após correção por subregistro e causas mal definidas, empregando faixas etárias de cinco anos específicas para homens e mulheres. As tendências foram analisadas com modelos de regressão joinpoint. Em 2010 as taxas para todas as DCNTs (homens: 479/100000; mulheres: 333/100000) e para os principais grupos de DCNTs (doenças cardiovasculares, câncer, doenças crônicas respiratórias e outra doenças crônicas) eram mais altas em homens. Entre 1991-2010, observou-se um declínio nas taxas padronizadas de mortalidade, em homens e mulheres, iniciando em 1993, e tornado-se menos intenso em anos recentes. A probabilidade incondicional de morrer entre as idades de 30 e 70 devido a um dos quatro principais grupos de DCNTs baixou de 1993 até 2010 de 32,3% para 22,8% em homens, e de 23,5% para 15,4% em mulheres. Concluindo, apesar do notável declínio nas taxas padronizadas de mortalidade por DCNT nas últimas duas décadas, o predomínio em homens persiste e, a se manter essa tendência, em termos relativos, irá aumentar.<br>The relative burden due to non communicable diseases (NCD) is increasing worldwide and has been shown to be generally greater for men than women. The objective of this paper is to describe gender differences in NCD mortality rates and trends in Brazil. Standardized mortality rates for the years 1991-2010 were corrected for sub notification and ill defined causes of death and calculated using sex specific five year age grades. Trends in standardized mortality were studied using joinpoint regression models. In 2010, rates for NCDs (men: 479/100000; women: 333/100000) and for most major NCD categories (cardiovascular diseases, cancer, chronic respiratory diseases and other chronic diseases) were higher for men than women. Age standardized mortality rates declined for both sexes over the period, beginning in 1993 and attenuating in more recent years. From its peak in 1993 to 2010, the unconditional probability of dying between the ages of 30 and 70 due to one of the four principal NCD groupings decreased for men from 32.3% to 22.8%; for women, from 23.5% to 15.4%. In conclusion, age standardized NCD mortality, though decreasing dramatically over the past two decades in Brazil, remains notably greater in men than in women and, this difference, in relative terms, will increase if these trends continue.
ISSN:1413-8123
1678-4561