Psicanálise e Assistência Social: O Sujeito entre a Demanda e o Desejo

Refletimos aqui sobre as contribuições da Teoria Psicanalítica na especificidade da Política Socioassistencial. Trata-se de uma reflexão teórica orientada pelos pressupostos teórico-metodológicos da Psicanálise. A prerrogativa do cenário em questão é que o atendimento socioassistencial, voltado para...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Thayane Bastos Moura Dias, Wilson Camilo Chaves, Fuad Kyrillos Neto
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 2018-07-01
Series:Estudos e Pesquisas em Psicologia
Subjects:
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/34793
Description
Summary:Refletimos aqui sobre as contribuições da Teoria Psicanalítica na especificidade da Política Socioassistencial. Trata-se de uma reflexão teórica orientada pelos pressupostos teórico-metodológicos da Psicanálise. A prerrogativa do cenário em questão é que o atendimento socioassistencial, voltado para a resolução das demandas dos usuários, seja pilar nessa instituição. O profissional de orientação psicanalítica, como técnico de referência do CRAS, deve ficar atento à demanda acerca dos direitos sociais. Esse é o objetivo primordial dessa instituição. No entanto, seu compromisso com a ética do desejo deve ser pautado na instituição. A diferenciação entre necessidade, demanda e desejo, orientada pela teoria psicanalítica, nos auxilia a diferenciar o que há de implícito na demanda socioassistencial que é endereçada ao CRAS. A afirmação de que há desejo, e não apenas necessidade no âmbito da Assistência Social, nos esclarece que existem sujeitos nessa instituição, e não simplesmente usuários. Uma prática institucional alicerçada na escuta se desdobra na consideração do sujeito no lugar do agente de um saber. Essa escuta propicia condições para o surgimento do sujeito em sua condição de desejante.
ISSN:1808-4281