ANÁLISE TEMPORAL DAS MUDANÇAS NA PAISAGEM DE MATA ATLÂNTICA DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL-RS

Na atualidade, as atividades humanas têm levado a conversão de áreas florestais em ecossistemas agropastoris e urbanos. Neste processo, a floresta contínua é interrompida por estas barreiras antrópicas as quais são capazes de impedir o fluxo gênico, aumentando a taxa de endocruzamento, o que pode a...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Gisele Cemin, Jorge Ricardo Ducati
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Uberlândia 2019-06-01
Series:Revista Brasileira de Cartografia
Subjects:
Online Access:http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/49193
Description
Summary:Na atualidade, as atividades humanas têm levado a conversão de áreas florestais em ecossistemas agropastoris e urbanos. Neste processo, a floresta contínua é interrompida por estas barreiras antrópicas as quais são capazes de impedir o fluxo gênico, aumentando a taxa de endocruzamento, o que pode acarretar a diminuição da variabilidade genética e a consequente diminuição da diversidade biológica. A Mata Atlântica, alvo deste estudo, perdeu aproximadamente 71% de sua área, sendo que seus remanescentes apresentam, na sua grande maioria, áreas pequenas e isoladas uma das outras. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi de analisar as modificações do uso e cobertura do solo no município de Caxias do Sul-RS, com ênfase na dinâmica dos fragmentos florestais de Mata Atlântica e avaliar índices de ecologia da paisagem, com a finalidade de verificar se as modificações ocorridas ao longo do tempo favoreceram a manutenção da biodiversidade. Para atingir o objetivo proposto, foram utilizadas imagens do satélite Landsat 5 referentes aos anos de 1985, 2004 e 2011 para a obtenção das informações do uso e cobertura do solo, em especial, as áreas florestais e índices de ecologia de paisagem, tais como número, tamanho, forma, distância, área de interior e coesão. Os resultados indicaram um aumento de aproximadamente 203km² das áreas florestais entre os anos de 1985 e 2011, correspondendo a um incremento na ordem 36% das Florestas Estacional Decidual e Ombrófila Mista. Em contrapartida, houve diminuição das áreas dos campos de altitude (estepe gramíneo-lenhosa) de 563,77km² em 1985 para 304,16km² em 2011, uma diferença de 152,77km² (cerca de 30%). Os índices de ecologia de paisagem indicaram uma melhoria na qualidade ambiental no que tange os fragmentos florestais, uma vez que tamanho médio e a área interior dos fragmentos aumentaram, ocasionando uma maior coesão entre as áreas florestais vizinhas.
ISSN:0560-4613
1808-0936