Summary: | RESUMO A elevação de 1% no HDL-C associa-se à redução de 3% nas taxas de mortalidade cardiovascular. Contudo, praticar exercícios a ponto de gerar alterações benéficas do HDL-C ainda é controverso. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar se existe benefício do exercício físico sobre os níveis de HDL-C. Trata-se de uma revisão sistemática de metanálises, de artigos indexados ao PubMed/MEDLINE, SciELO e LILACS. Utilizaram-se os termos, Lipoproteins, Cholesterol, HDL, Exercise and Resistance Training. Critérios de inclusão: metanálises publicadas até 22 de janeiro de 2015, com o exercício como forma de intervenção e com desfecho no HDL-C. Critérios de exclusão: Não citação de efeitos de confusão, avaliação do HDL-C como desfecho secundário ou intervenção dietética. Com relação ao resultado do treinamento aeróbico, avaliamos oito estudos. Quatro foram significantes para aumento de HDL-C. Destes, a menor duração em semanas foi 21,8 ± 19,5 e a maior foi 35,3 ± 31,8; a menor frequência foi 3,5 ± 1,0 e a maior, 4,0 ± 1,1; a menor intensidade/%VO2máx foi 64,8% e a maior, 69,2 ± 10,1. Quatro estudos não foram significantes, sendo a menor duração em semanas 10,7 ± 3,2 e a maior, 23,19 ± 17,7; a menor frequência foi 3,7 ± 0,8 e a maior foi 4,75 ± 2,5; a menor intensidade/%VO2máx foi 64,2 ± 9,4 e a maior, 74,7 ± 11,8. Treinamento resistido: Nenhum dos três estudos foi significante. Treinamento combinado: Um único estudo apresentou aumento dos níveis de HDL-C (diferença média [IC 95%]: 0,08 (IC 95%, 0,05-0,12 mmol/l]). Concluímos que não é possível afirmar que o treinamento aeróbico, resistido ou combinado, proporcionam aumentos significantes nos níveis de HDL-C, o que limita sua prescrição como terapia eficiente para aumento de HDL-C.
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