Adesão ao tratamento medicamentoso em usuários com transtorno do humor de centro de atenção psicossocial do nordeste do Brasil

O Transtorno de Humor (TH) é uma doença crônica, recorrente, de difícil diagnóstico e tratamento terapêutico. A baixa adesão à terapia relaciona-se a fatores ligados ao paciente, ao medicamento, ao profissional de saúde ou à doença. O trabalho objetivou avaliar a taxa de adesão ao tratamento e ao lí...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Emanuela Cardoso Freire, Camila Fernanda Carvalho Feijó, Marta Maria França Fonteles, Janete Eliza Sá Soares, Teresa Maria Jesus Ponte Carvalho
Format: Article
Language:English
Published: São Paulo State University (UNESP) 2013-10-01
Series:Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada
Subjects:
Online Access:http://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/view/182
Description
Summary:O Transtorno de Humor (TH) é uma doença crônica, recorrente, de difícil diagnóstico e tratamento terapêutico. A baixa adesão à terapia relaciona-se a fatores ligados ao paciente, ao medicamento, ao profissional de saúde ou à doença. O trabalho objetivou avaliar a taxa de adesão ao tratamento e ao lítio de pacientes acometidos pelo TH, delineando o perfil farmacoepidemiológico destes. Para tanto, foram utilizadas de janeiro a outubro de 2011, entrevistas e questionários validados para indivíduos com TH assistidos em Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Dos 56 entrevistados, a maioria estava na faixa de 30- 50 anos, era do sexo feminino e solteiro. Quanto ao histórico familiar, 55,4 % possuíam outros membros da família com TH, 60,7 % participaram de gruposCAPS e 62,5 % nunca foram internados. A “Escala de Adesão à Medicação” mostrou que 60,7 %, alguma vez já se esqueceu de tomar o medicamento e do horário de tomá-lo. A maioria não toma o medicamento apenas quando se sente doente e seus pensamentos ficam mais coerentes quando está sob o uso de medicamentos. Do total, 35 pacientes eram bipolares e 23 tomavam lítio, os quais foram entrevistados seguindo o Questionário “Atitudes em Relação ao Lítio”. Destes, cerca de 78 % (n=18) considerou fácil seguir a prescrição, aceitável e importante tomar o lítio por vários anos, apesar dos efeitos colaterais e relataram não tomar o lítio somente quando sente necessidade. Em geral, os entrevistados mostraram boa adesão à terapia medicamentosa, compreendendo que somente através de um tratamento bem estabelecido podem manter a doença estabilizada.
ISSN:1808-4532
2179-443X